sábado, 30 de julho de 2011

Indignação.

Assim, eu sei que eu não tenho porra nenhuma a ver com a vida de ninguém, muito menos com as besteiras e coisas desnecessárias com as quais as pessoas gastam seu próprio dinheiro. 
Mas eu tenho o direito de expressar a minha indignação. E assim farei. 
PUTA QUE PARIU! O que dá na cabeça de um ser humano gastar R$500,00 em uma MOCHILA que vai usar TRÊS VEZES por semana?! É demais pra minha cabeça, na moral. 
E aqueles negos que fazem a PACHORRA de gastar por volta de R$2000,00 em um relógio, óculos, blusa, terno... que se foda. Gente! Pelo amor de santo Cristo!
Vivemos no Brasil. Em qualquer esquina você toma um enquadro e perde essa porra. E aí!? Pra onde foram os 'mil' reais gastos? Hã? Foram pra puta que pariu!
Ah, não posso com essas coisas. 
Mas, como eu disse antes, cada um faz o que quer e o que bem entender. Não tenho nada a ver com isso mas também não sou obrigado a concordar. 
Bom, se você paga seus milhões em algo que você gosta, problema seu. Agora se só tem pra causar inveja ou pra mostrar pros outros e ser o top top do rolê, serei obrigado a criar outro post pra você, seu LIXO.


(ouvindo Los Hermanos - Os Pássaros)

Confiança, frustração e caos.

Sabe quando você quer que tudo se exploda e que você mesmo vá junto? Quando quer que tudo vá pelos ares juntamente com aquilo que te aflige e você não se importa, em nenhum momento, se você mesmo for uma das coisas que será expelida pelos quatro ventos...
Pois é. 
Chega um momento na vida (pelo menos na minha) em que a gente não se importa com nada... Absolutamente nada. Só consegue enxergar o caos. Tudo aquilo que a gente sempre quis evitar... Tudo aquilo que sempre quisemos que não acontecesse... Tudo aquilo que rezamos pra que se mantivesse longe das nossas vidas e das pessoas que amamos... Que porra!
O que eu mais queria agora era não lembrar de nada e simplesmente ser um vazio. Não sentir, não pensar, não ouvir, não ver... Sei que é impossível. Mas eu queria tanto, mesmo assim...
Sinto que a confiança se esvaiu e que nunca mais existirá.
Sei bem que isso é, nada mais nada menos, que problema meu. Consequência das minhas atitudes. Fruto dos meus atos. E por aí vai. 
Caralho, seria pedir demais não me frustrar mais? Eu queria tanto ser perfeito. Agir e pensar sempre das formas certas e que minhas atitudes e pensamentos não tivessem consequências a ninguém! Porra! Me sinto responsável por tanta dor, de tantos problemas, de tanta idiotice, de tanta humilhação, de tanto sentimento de vingança... Eu me sinto tão mal. 
Eu queria ser diferente. Eu ainda queria ser seu... Eu juro. Mas isso não esta mais tão evidente né? Você não enxerga mais isso, nem com os maiores dos esforços...
Sinto que vou terminar assim, escrevendo e olhando de um lado pra outro, procurando os seus olhos e esperando que eles ainda estejam me observando. 
É o que eu mais quero. 


(ouvindo Elis Regina - Atrás da porta)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A banda.

A ordem, meus manos e desconhecidos meus, é abrir a janela, abrir não, escancará-la, é subir ao terraço como fez o velho que era fraco mas subiu assim mesmo, é correr à rua no rastro da meninada, e ver e ouvir a banda que passa. Viva a música, viva o sopro de amor que a música e banda vem trazendo, Chico Buarque de Hollanda à frente, e que restaura em nós hipotecados palácios em ruínas, jardins pisoteados, cisternas secas, compensando-nos da confiança perdida nos homens e suas promessas, da perda dos sonhos que o desamor puiu e fixou, e que são agora como o paletó roído de traça, a pele escarificada de onde fugiu a beleza, o pó no ar, na falta de ar.


Carlos Drummond de Andrade.

Trajetória.

E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela. A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio. A este só se chega quando se experimentou o poder de construir, e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o verdadeiro instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição. A desistência é uma revelação.


Clarice Lispector.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Repugnante.

Já aconteceu isso com você? Simplesmente não suportar um determinado ser humano sem nem mesmo terem trocado mais de cinco ou seis palavras? De você não querer ver aquele ser na sua frente ou simplesmente achar ridícula toda e qualquer aparição pública que essa pessoa faça? De toda e qualquer forma que você a veja, tentar arrumar alguma coisa pra falar? Ou discordar simplesmente? Aquele sentimento que faz com que você discorde de toda e qualquer palavra que ela diga e até mesmo dos sons que emite? Achar ridículo seus gostos, suas roupas, suas fotos, seu andar, TUDO?
Pois então, estou nesse estado. Nunca senti isso em toda a minha vida. Não que seja tão longa assim. 
Deus que me perdoe, mas é assim que eu me sinto. 
Talvez a palavra certa seja repugnância. 

Esse foi o post que eu escrevi mais rápido. Três minutos apenas. 
Também, não precisei pensar. 


(ouvindo Panic! At The Disco - Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Negligência.

Acredito que somos muitos bons em fazer merda, porque olha. É o que mais acontece. 
Mesmo quando não queremos, fazemos. Negligenciamos às pessoas que amamos, que nos importamos e, querendo ou não, isso gera uma grande, uma imensa insegurança nos corações dessas pessoas. Mas o que a gente mais quer é que elas saibam que são importantes, que são tudo, que são fundamentais para a nossa sobrevivência... Para a nossa felicidade... Para tudo. 
O que mais queremos é que entendam o quanto significam para nós mas, muitas vezes, a nossa imprudência e até mesmo uma parcela de infantilidade, acaba não permitindo isso. Dessa forma, fica bem mais difícil de termos qualquer tipo de credibilidade. Qualquer tipo de retorno. 
Se há algum culpado na história, somos nós mesmos. Somos aqueles que, mesmo que só uma vez, negaram a atenção, o envolvimento, a preocupação. Mas, sabemos que acima de tudo, essa nunca foi e nunca será a nossa intenção. 
Se pudéssemos, tudo seria tão claro. Tão limpo... Como vidro, como água, como a nossa alma aparenta ser quando desabafamos e quando olhamos nos olhos das pessoas importantes e dizemos o quanto as amamos. 
Mas, as vezes, os fins não justificam os meios e você acaba assim, escrevendo sobre coisas que foi incapaz de fazer. 


(ouvindo Kaiser Chiefs - Ruby)

Autodestruição.

Não confio mais em mim.
Queria muito poder confiar e ter aquela visão ampla, aquela visão 'pra frente', sabe? Ter otimismo e tal. Mas, nem isso. 
Eu não queria tudo. Só o normal, o digno. Você entende. Aquelas preocupações idiotas, ta ligado? Não queria que existissem. 
Problemas? Todo mundo tem. Mas a chave da vida é não pensar neles ou pelo menos ter uma garantia concreta de que pode resolvê-los. 
Eu não tenho nem um, nem outro. 
Sabe quando você para, olha em volta e começa ter pensamentos absurdos? Tipo: 'por que aquele filha da puta pode e eu não?' ou 'por que um idiota desse tem e eu não?'. 'Por que ele ta rindo agora e eu nem rir posso? Minhas preocupações não deixam.'. 
Coisas assim. 
Mas tudo é o que é. 
As coisas são como são. 
As pessoas nascem iguais mas não morrem iguais. A diferença quem faz, é você. 
Entendo que não posso ficar que nem um idiota me lamentando por aí. Entende? Sem essa de ficar trancado dentro do quarto chorando as pitangas. FODA-SE o que você acha! Você pra mim não é nada. 
Não preciso de pessoas que me deixem pra baixo pois eu já tenho em quem me segurar: em mim mesmo. Confio em mim. 
Tenho que pessoas que torcem por mim, graças a Deus. Eu também torço por elas. Todas elas. 
Torço pra que sejam felizes e conquistem tudo o que sempre desejaram. 


(ouvindo Radiohead - Karma Police)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pedir, recusar e usar.

Pra variar, me refiro à sentimentos. 
Sentimentos não se pedem, não se recusam e muito menos se usam. 
Iniciaremos pelo simples.
Imagine você recusando-se ser amigo de alguém. A vida não é um Facebook onde você pode escolher 'adicionar' alguém à ela e muito menos um msn, onde você pode, simplesmente, bloquear as pessoas 'indesejadas'. Isso não existe. 
Você pode até mesmo ser capaz de recusar-se a algo mas, no seu íntimo, aquela cena esta gravada e de lá nunca sairá. Logo, você não pediu nada. Aconteceu. Não dá pra excluir. Simples assim. 
A vida não foi feita pra ser usada. Tão pouco os sentimentos alheios. 
Imagine alguém te usando. Que lindo seria você se entregar a alguém e, essa mesma pessoa, te usar. Te sugar. Te drenar... Até o último fio de vida dentro de você, se esvair...
É, não tem nada de lindo nisso, certo?
Amor não se pede, não se usa e, muito menos, se recusa. 
O que acontece quando você é a principal fonte da dor? Como se sentiria?
Isso é o que aconteceria com você se acaso recusasse os sentimentos de alguém. Você não é obrigado a aceitar tudo de todos mas pode muito bem fazer com que as pessoas enxerguem a verdade e, dessa forma, vejam que, de alguma forma, entregar o amor delas a você seja o sinônimo de entregar-se ao perigo. 
Permita-se viver. Permita-se ser feliz. Permita-se deixar que te façam feliz. 
Mas entenda bem: a má fé existe e sempre existirá. Saiba enxergar, saiba abrir os olhos. Não só pra ver o que esta bem a sua frente. Mas os abra pra enxergar o que já passou ou o que ainda esta por vir. 
Eu não estou falando do futuro nem do destino. Estou falando de ser capaz de ver a alma das pessoas ou de pelo menos deixar que elas te mostrem. 
Acredite, ninguém mente pra sempre.  A verdade fica clara, uma hora. 
E, finalmente, você será incapaz de pedir para que ele (a) se vá, incapaz de recusar sua presença e mais incapaz ainda de usá-lo (a). Claro que não. 
Você estará muito mais preocupado (a) em fazer aquela pessoa entender que ela que deve te usar. O quanto quiser. 


(ouvindo Eminem - When I'm Gone)

Controle.

Cada um tem aquilo que mais irrita. Pra mim, é julgamento.
Pessoas que ditam as suas intenções antes mesmo de você mostra-las. Pessoas que ditam suas atitudes sem nem mesmo terem acontecido. Aquele que praticamente prevêem o seu futuro pra você sem nem mesmo sequer ter sido solicitada a opinião.
Cansei disso.
O que eu mais quero é jogar na cara de cada um que duvidou do que eu sou capaz ou que me julgou, que me taxou. Agora é a hora de agir.
Ta na hora de mostrar que as pessoas não podem dizer o que querem e saírem impunes disso, como se nada tivessem dito. Se fosse assim, a vida seria fácil. Poderia sair por ai falando de todo mundo sem nenhuma consequência.
Agora, tudo muda. E quando me virem por cima, quem rirá serei eu. Eu rirei.
Não acredito nesse negócio de 'motivação errada'. Aquele tipo de motivação que você toma dos motivos errados pra agir. Talvez a minha até seja dessas. Até seja desse tipo.
Então que seja. Mas será então com esse motivo mesmo que eu vou fazer de tudo pra continuar, de tudo pra dar a volta por cima.
Confesso que estou com muito ódio e isso não é, nem de longe, algo bom ao que se motivar. Mas assim será.
Me espere, futuro. Me espere, destino. Por mais que eu nao acredite em você. Mas, a partir de hoje, você vai acreditar em mim.


(ouvindo às vozes do meu ódio)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Triste.

Como você pode pedir pra eu falar do nosso amor que foi tão forte e ainda é. Mas cada um se foi...
Quanta saudade brilha em mim se cada sonho é seu?
Virou história em sua vida mas prá mim não morreu.
Lembra, lembra, lembra, cada instante que passou. De cada perigo, da audácia do temor. Que sobrevivemos que cobrimos de emoção.
Volta a pensar então...
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez que nos encontramos, nos olhamos sem viver.
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo!
Volta a pensar então...
Como você pode pedir...



...

Antisocial.

Se tem uma coisa que me desagrada muito, é aquele nego que tenta porque tenta ser antisocial. Seguinte: ser antisocial é uma ciência, não um simples modo de ver as coisas ou de viver.
Já vi muita gente que paga e nem é. Assim, a partir do momento que você se importa com o que as pessoas pensam de você ou até mesmo com a quantidade de visualizações da sua página pessoal, amigos no orkut, amigos no facebook e seguidores no twitter, você NÃO É antisocial. Portanto, não tente agir como tal. É fio, ridículo e pega mal pra você.
Nego que se preocupa com a vida dos outros e ainda por cima fica xingando o comportamento alheio. Sei lá, tipo, as postagens, as 'falas', os comentários, as fotos e até mesmo os gostos... além de ser bem feio isso, algo que não é nada direito, é algo que um antisocial que se preze não faria.
Não, eu não sou antisocial mas não dou ousadia pra qualquer um ficar falando da minha vida à torto e à direito. E se você dá, problema seu e você que se foda.
A partir do momento que se fala de tudo numa rede social, por exemplo, você cria nos outros essa ousadia. Você, praticamente, presenteia as pessoas, inimigas ou não, com essa ousadia. Fotos tipo: 'eu ali', 'eu aqui', 'eu e não sei quem', 'eu e fulano(a)', 'eu e beltrano(a)','eu e ciclano(a)','eu na PUTA QUE O PARIU', PORRA, abre os olhos! Não vê que, se você cai nas graças da internet, a culpa é só sua e de mais ninguém!?
Tá no hora de parar de se preocupar com ser isso ou aquilo e ser você mesmo. Seja vagabundo ou pessoa direita, mas seja você mesmo.
Dar espaço pra terceiros na sua vida só vai te atrasar.



(ouvindo Planet Hemp - Fazendo A Cabeça)

Sem volta.

De fato acontecem muitas coisas que nunca vamos entender o porquê.
Você pode até correr atrás de um significado, procurando frases, poemas, textos famosos, citações. Livros talvez. Mas nada explica.
Me diz: por que amamos?
Todo mundo ama alguma coisa ou alguém. É impossível não sentir isso em qualquer momento que seja. Assim como, quando você começa a amar, é impossível não pensar nisso ou simplesmente não falar sobre.
Todo mundo tem aquilo que tira as noites de sono e não se chama insônia. Todo mundo tem aquilo que tira a fome mas não alimenta. Aquilo que aperta o coração e não é enfarte. Mas é tão forte quanto e é capaz, também, de levar a óbito.
Sim, é.
Para os fracos, viver sem amor é fácil. Forte é aquele que vive com ele presente. Por quê? Porque o indivíduo sofre, julga, chora, xinga, amaldiçoa, quebra as coisas, extravasa. Depois vem a calmaria e a obrigação que ele mesmo impõe a si tentando enxergar algum tipo de ´ponto positivo´naquele sofrimento que, querendo ou não, ele não escolheu sentir.
Ou você acha que se aprende a amar? Que se escolhe? Não.
Você sempre se apaixona por alguém que vai te fazer sofrer, sei-lá-quando, mas vai. Que vai te fazer perder a noção do tempo enquanto troca mensagens de reconciliação na madrugada, só que vai te dar uma bronca no outro dia quando você se atrasar pro trabalho, simplesmente por se preocupar.
Contraditório, não?
Aquela pessoa que vai te cobrar de não fazer aquilo que você sempre fez. A vida toda. Exatamente aquelas coisas que você jurou pra si mesmo que jamais deixaria de fazer, afinal, você colocou na cabeça de que ninguém te muda, que mudar por alguém é idiotice e um puta desperdício de vida. Não é?
Mas você muda. E ainda por cima fica feliz da vida quando bendito ser humano que carrega seu coração nas mãos te elogia por isso. Na verdade, seu dia ganha uma cara nova, mais feliz, só de ouvir o 'bom dia' dele.
Irônico? Claro que não.
Não é ironia. O nome disso é amor.
Amigo, você esta apaixonado.
Bem-vindo à um mundo sem volta.


(ouvindo Miss May I - Masses Of A Dying Breed)

SHUT UP!

Uma linda garotinha de 5 anos me contou a seguinte piada: sabe por que o Batman colocou o Batmóvel no seguro? E le tem medo que Robin. Você ameaçou rir? E antes pensou na possibilidade de o Robin ser negro? Porque se for, a piada estaria sugerindo que todo negro é ladrão. Mais. O mesmo Robin poderia ser uma mulher, e aliás é, em uma HQ chamada Cavaleiro das Trevas, do Frank Miller. Então a piada insinuaria que mulheres não sabem dirigir. E não acabou, pois Batman pode ser um sobrenome judeu, Jacó Batman, por exemplo, aí a inocente garotinha já teria cravado em sua alma o estereótipo de que todo judeu é avarento. E você ameaçou rir. Que vergonha.
Parece piada, mas só o primeiro parágrafo é. O segundo descreve o clima de indignação gratuita em que nós vivemos. E ele não tem graça. Acesse o Twitter: todo dia uma nova polêmica urge, até a próxima aparecer, muito mais urgente. É tanto blá-blá-blá que está desatualizado quem diz que os escândalos no Brasil terminam em pizza, agora eles acabam em hashtag: #Higienópolis, por exemplo.
Eu não sei se a famigerada estação de metrô paulistana deve ser construída mais para lá ou mais para cá. O que eu sei é que quando mais de 55 mil pessoas confirmam presença em um protesto pelo Facebook e menos de mil aparecem para protestar, é porque a indignação se tornou mais importante do que solucionar o problema. Indigne-se, e você terá feito a sua parte!
A princípio, achei que essa indignação fosse apenas um efeito colateral das redes sociais: agora que todo mundo tem voz, ninguém mais se escuta. Como aconteceu quando o Flamengo empatou com o Ceará e foi desclassificado da Copa do Brasil. Começou no Twitter uma série de impropérios dirigida aos "cearenses". Teve gente denunciando racismo. A coisa não passava de uma provocação de torcida, daquelas que aconteciam pela janela e ninguém se ofendia.
Isso não pode ser apenas efeito colateral de rede social, a radiação dessas inexplicadas explosões solares deve influir, pois só o desconhecido para justificar polêmica em torno de um suposto caso de plágio que envolve Latino e Cine, esses dois faróis da música brasileira. Se todo mundo que fica indignado gratuitamente se dignasse a dedicar o tempo da indignação para escutar, por exemplo, o Emotional Rescue, disco subestimado dos Rolling Stones, o mundo seria um lugar bem melhor e eu não temeria pelo futuro da garotinha que me contou a piada do Batman, pois já, já ela estará cantando que "atirar o pau no gato-tô é politicamente incorreto-tô."
Em outras palavras: calem-se, calem-se, calem-se. Vocês me deixam louco!



(ouvindo Asian Kung-Fu Generation - Leica)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Samba.

Causa reboliço aonde passa, desce mais redondo que a cachaça.
Ela é fulana de tal e seu palácio vai do Leme ao Pontal. É a minha mais entre as dez mais.
Ela é gente de bem , por isso mesmo não dá mole à ninguém.
Mas, um dia, eu faço ela sambar...

Ela é o colírio da moçada. Quando chega pára a batucada.
Ela é o jazz e há quem diga que parece um rapaz. Mas quem fala é louco pra encarar.
Ela é minha cara e nem me olha quando a gente se esbarra.
Mas, um dia, eu faço ela sambar.

Tira onda de grã-fina mas no fundo é só a mina que enfeitiçou meu coração.
Vai que um dia pinta um clima, ela vem parar na minha e eu vou comer na sua mão.


Sambinha maroto :)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Até pensei...

Junto à minha rua havia um bosque que um muro alto proibia. Lá todo balão caia, toda maçã nascia e o dono do bosque nem via ... Do lado de lá tanta aventura...
E eu a espreitar na noite escura. A dedilhar essa modinha. A felicidade morava tão vizinha que, de tolo, até pensei que fosse minha.
Junto a mim morava a minha amada com olhos claros como o dia. Lá o meu olhar vivia de sonho e fantasia e a dona dos olhos nem via...
Do lado de lá tanta ventura e eu a esperar pela ternura que a enganar nunca me vinha. Eu andava pobre, tão pobre de carinho...
Que, de tolo, até pensei que fosses minha... toda a dor da vida me ensinou essa modinha.



CHICO! Rá rs

Cafeína e nicotina.

São coisas que eu acredito serem mais que essenciais pros meus dias passarem de uma forma, digamos, confortável.
Quem bebe muito café, fuma. Quem fuma, bebe café. São interligados. Mais que fato isso.
Tenho muito exemplos disso, mas não vem ao caso.
Sei que perco o sono toda madrugada. Me levanto, bebo um café, fumo um cigarro e olho pro retocou os fones de ouvido e o iPod na mão.
Não sou do tipo de pessoa que assiste tv demais ou é viciado em computador. Nunca tive isso, desde a infância dei pouco valor pra computador. Passava meu tempo na rua, jogando futebol, correndo pra lá e pra cá. Brincando.
Tudo bem que, de certa forma, as ruas estejam diferentes de antes. Estão, de fato, mais perigosas e tal mas, porra, se tem uma coisa que me irrita são aqueles pivetes filhos da puta que ficam enfurnados dentro de casa, com a cara grudada na tela de um maldito computador, jogando jogos online, conversando com outros retardados via TS ou skype, achando que é o presidente da republica ou o rei da puta que pariu. Vão se foder!
Ou então, aquelas menininhas que xingam todo mundo pelo Twitter, Facebook, orkut, fotolog, que se foda, só pelo fato de não ter gostado da roupa de fulana ou que beltrana não gosta das mesmas coisas que elas. Ah, tomar no cu!
Desde quando isso é coisa de gente?
Não gostou de mim? A gente se tromba e resolve o assunto. Pá-pum. Sem choro nem vela.
Esse negocio de tudo ser feito via web e 'luta diária pela popularidade na internet' me enoja.

Meu amiguinho e minha amiguinha, quanto mais amiguinhos você tem no orkut, no Facebook me mostra o quão fútil você é.


(ouvindo The Cure - The Wall)

Problemas e futilidades.

Acredito que todo mundo tenha, pelo menos um. Só que, muitas vezes, o que na minha concepção é um problema, na sua não é. Talvez seja tudo uma questão de interpretação.
Eu não acredito na teoria de que existam problemas maiores ou menores afinal, como eu disse antes, é uma questão de pura interpretação.
Pra você, a falta de dinheiro pra comprar aquele tênis ou aquela roupa, pode ser o fim do mundo. Ou ter uma câmera FODA, usada simplesmente pra tirar aquelas tão amadas fotos de si mesmo pra poder atualizar a sua rede social.
Na língua de muitos, isso é um desperdício gritante. Na minha também. Mas na sua não. Isso porque todo mundo tem as suas futilidades favoritas. Todo mundo ama algo que não muda porra nenhuma na vida.
Tem nego que curte ficar no computador fazendo não-sei-o-quê em jogos onlines. Andando pra lá e pra cá. Geralmente, esse nerd que faz esse tipo de coisa, tem um amigo que diz que é melhor sair por aí, pegando um monte de mulher, beijando todo mundo, dando em cima da geral. E ainda tendo a cara de pau de dizer que isso é muito mais produtivo.
Tem mulher que curte calça, vestidos longos, tênis. Outras preferem vestidos curtíssimos e saltos altões. Só por isso devo dizer que a primeira é uma nerd idiota que não mete e que a segunda é uma vaca que dá pra todo mundo? Não.
Cada um na sua.
Mas eu, como ser humano normal, tenho minhas preferências.



(ouvindo the GazettE - PLEDGE)

sábado, 16 de julho de 2011

Mentira.

Ontem foi feito o que, em um segundo apenas, talvez eu tenha me arrependido o suficiente por uma vida inteira.
Uma atitude dessas, eu sabia, fecharia o assunto... e assim aconteceu. Confesso que o efeito não foi de um total esperado. Nao queria mesmo, eu juro.
Mas foi.
O meu nome foi apagado do livro de memórias e já, um dia eu tenho certeza, será substituído. Ou por um antigo nome que um dia foi escrito e nunca foi apagado ou por um novinho em folha. Deus sabe.
Que um dia me perdoe por ter contado a mentira crucial. Aquela que fechou e acabou com tudo. Não era a intenção. Só queria saber até onde iria... E foi longe. Demais até.
Mas Deus sabe. O que eu quis foi te proteger desse perigo maior que sou eu. Acho que, o seu caso, é o tempo passar...
Primeira vez na vida que agi por impulso. Nunca mais farei.
Se for pra acontecer isso depois... Me sentir assim.

Abençoados sejam aqueles que sabem como agir, quando agir. Esse tipo de bênção eu ainda não aprendi a receber.




(ouvindo às vozes ecoando... só isso)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sofá.

Tenho o pensamento fixo de que todo mundo sofre do mesmo mal: quando atingimos um objetivo, vem a pergunta, o que fazer agora?
É porque se você atingiu sua 'meta' o que fará depois? Viverá em função do quê?
Acredito que o mais normal seja arrumar um outro objetivo. Mas não tem nada mais cansativo do que arrumar uma razão pela qual perder o sono n
Dá tanto trabalho pensar no futuro. Talvez não só pensar mas traçá-lo.
É exatamente isso que acontece quando temos alguém e, pelo motivo que seja, vai embora. Sai da nossa vida... Mas tenha uma coisa em mente: isso nunca é sem explicação. Você sabe. Acredite, você sabe.
Não é nada simples ter um motivo pra acordar todos os dias e ter certeza do que fazer. Saber pra onde ir, pra quem ligar e o que dizer.
É tão mais simples se isolar e acreditar que o mundo te esqueceu e que só você, nessa imensidão de pessoas, não merece ser feliz.
Idiotice.
Se pensa assim, mate-se. Seu fraco.



(ouvindo Naitomea - Kaykou Katharsis)

domingo, 10 de julho de 2011

Com açúcar, com afeto.

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto pra você parar em casa, qual o quê! Com seu terno mais bonito, você sai. Não acredito quando diz que não se atrasa.
Você diz que é um operário, sai em busca do salário pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina pra você comemorar, sei lá o quê! Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto, discutindo futebol e ficar olhando as saias de quem vive pelas praias, coloridas pelo sol.
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo, você vai querer cantar.
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo pra você rememorar.
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado, como vou me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato e abro os meus braços pra você.



Uma homenagem a Chico Buarque, o rei.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Abençoado com uma maldição.

Por muitos e muitos anos eu pensei que nunca poderia, nunca seria capaz ou digno de ter/fazer determinadas coisas. Sempre impus os meus limites.
O problema? Isso incomoda.
Não me importo, de verdade, com a opinião dos outros sobre mim. Confesso, nunca me importei... mas como bons idiotas que somos, tem sempre alguém à quem você se dedica mais. Aquele ser que faz com que dentro de você nasça aquele sentimento, aquela vontade de querer ser notado(a), visto(a). Aí, você erra. Errou, se expôs demais... e isso não tem como controlar.
As pessoas não são malígnas, claro que não. Eu não disse isso. Mas, saiba que, todo mundo quando conhece alguém demais, sabe onde bater. Sabe onde dói. Sabe que palavras e atitudes causarão o impacto desejado e, amigo(a), espere por ele. O impacto. Ele vem, viu? Não importa onde esteja.
'Como pessoa durona que sou, não deixo transparecer. Choro em casa, mas NUNCA na frente dela(e)'.
Quem nunca pensou assim?
Você acha, sinceramente, que esse ser não sabe que você se abalou? Acha mesmo que se esconder em meio as quatro paredes do seu recanto (que você chama de 'quarto') vai resolver alguma coisa? Não. Não vai.
Ele(a) sabe. Sempre sabe. Lembra do início? Você se dedicou em mostrar pra ele(a) que você existe, quem você é, como pensa, o que gosta, o que odeia. Lembrou? Então.
Saber amar é uma bênção, mas ao mesmo tempo, uma maldição.

É como se tudo o que você tocasse, virasse pedra.
Entende agora?



(ouvindo CSS - Heats Me Like A Rock)

O mito no qual tenho de acreditar.

Jovens ou velhos. Negros ou brancos. Homens ou mulheres. Todos nós temos um mito no qual acreditamos.
Aquilo que todos que te amam alertam e aconselham que você mantenha distância... de que não vale à pena lutar, pensar ou falar sobre. Aquilo que, quem te ama, não deseja pra você.
Não se deseja pro pior inimigo.
Mas você acredita. Quer. Deseja. Ama. Mais que tudo no mundo e daria sua vida em função de.
Se joga na parede e pularia fácil de um prédio se a consequência final fosse de que aquilo fosse seu. Pra sempre e, assim, nunca mais te deixasse.
Faria o que fosse preciso para que o seu desejo fosse finalmente atendido por duas razões: a felicidade iminente e aquele prazer imenso de esfregar na cara de todos aqueles que lhe disseram que não daria certo. Que lhe disseram que você acredita em contos de fadas. Que lhe disseram que sonhar é coisa de criança. Que zombaram de você quando, inocentemente ou por puro reflexo ou necessidade, recorreu à eles como intermediários desse seu sonho. Não porque eles poderiam resolver o seu problema ou lhe conceder o seu desejo, mas por uma simples, estúpida e inútil necessidade que o ser humano tem de contar as coisas da sua própria vida pra um terceiro.
Entenda: seu melhor amigo é um terceiro. Seu irmão é um terceiro. TODOS, além de você e seu mito são terceiros.
O mito só deixa de existir quando se joga luz nele. Quando o explora.
Lembre-se, só você pode fazer com que o seu mito vire fato.



(ouvindo Slipknot - Vermilion pt.II)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amizade.

Por mais idiota e autodestrutivo que seja: amizades são descartaveis.
Cresci com esse preposto.
Eu aprendi a entender de que amizade nao é pra sempre. Hipocrisia total isso. Seu parceiro pode estar com você agora mas ninguém garante o dia de amanha. Palavras dão fáceis de dizer, por isso, pare de sonhar.
Nao estou dizendo que nao é saudável ter amigos, jamais. É claro que é, muito saudável. Mas entenda que eles NÃO SÃO pra todas as horas e, entenda ainda, que para aquela pessoa que é importante pra você, existe uma mais importante que você pra ela.
Ou seja, nao dê importância demais às pessoas. Elas nao merecem.
Nao preciso citar exemplos, afinal, todo mundo já se sentiu excluído, rejeitado ou mesmo que seja aquele sentimentozinho patético chamado 'ser deixado de lado'. Coleguinha, você só se sente assim porque VOCÊ mesmo deu espaço.
Se tivesse seguido a primeira parte do post mais à risca, nao teria mais uma desilusão pra sua coleção idiota.




(ouvindo Mudvayne - Happy?)

Crescimento.

Eu, como ser humano comum que sou, preciso muito crescer. Tenho muito o que aprender.
Por mais que essa percepção não venha de forma imediata. Não veio pra mim. Pra você, eu já não sei.
O fato é que temos de perceber onde e porque erramos. Todos erram, acredite meu, você, nossos pais. Eles erraram e muito.
Acredito ai eu tenha feito muita coisa errada. Acredito não, tenho certeza. Afinal, minhas atitudes atuais sãos todas baseadas nos erros do passado pf, logo eu, pensando no passado... Sabe, sou o tipo de pessoa que condena aqueles que vivem em função desse tempo verbal. Confesso que ODEIO o passado.
Sei reconhecer que ele nos torna pessoas melhores... Mas u só acredito nisso em partes. O quão melhor você seria se não parasse de falar dele? Sempre se lembrasse dele? Sempre se arrependesse dele? Amigo, você nao sairia do lugar! Essa é a verdade. Enfrente-a.
Usar dele a seu favor é algo sábio. Martirizar-se no inicio. Nao para ter um espelho ao uso encarar, mas por nao ter. Saber que as suas atitudes daqui pra frente serão melhores. Você vai ser alguém melhor, baixar mais valor a quem merece e menos a quem nao deve. Vai entender de que nada foi em vão mas de que falar sobre a todo tempo, é idiotice. Entender que, fazer isso, nada te trará de bom a nao ser noites mal-dormidas em que sua mente é tomada por tudo aquilo que você se esforça pra esquecer.
Chega.
Ta na hora de crescer. Olhar pra frente e nao pra trás. Entender que o que passou, passou. Mas do passou porque o ponto final veio. O SEU ponto final. Tardou, mas veio.
Agora, você respira aliviado e sorri com as coisas mais simples da vida n
O peso que você carregava se foi.
Faca bem a si mesmo pra só depois pensar no bem dos outros.




(ouvindo Katy Perry - Last Friday Night)