quinta-feira, 7 de março de 2013

Anos.

'O que você fez desde a última vez que nos vimos?'
Depois de nove anos, uma amiga da época de Jorge Rahme, escola que cursei minha oitava série, apareceu e me fez essa pergunta.
Sabe quando tudo para instantaneamente te fazendo ter vislumbres da sua vida? Imagens aparecendo e desaparecendo, uma sobrepondo a outra na velocidade do pensamento que todos sabemos ser maior que a da própria luz? Então. Demorei menos de cinco minutos pra redigir um texto enorme.
Tenho certeza, inclusive, que se ela estivesse em minha frente, eu teria falado por horas sem sequer respirar.
E após essas horas chegaria a mesma conclusão que cheguei em poucos segundos. A conclusão de que existem duas coisas mais poderosas que qualquer outra que já existiu, existe, disseram que existe ou profetizaram que existirá: o tempo e o ser humano.
Minha vida foi composta inteiramente deles.
Quando eu não tive tempo, havia uma pessoa que me fez tê-lo. Que me fez procurar dentro do meu próprio ser a paciência e a sabedoria para esperar, compreender e agir em função da ação do tal tempo.
Onde não havia mais nenhuma pessoa, o tempo lá estava, fazendo-me superar a falta do ser de carne e osso que o próprio tempo em si havia me tirado antes.
Nunca tive ambos em um mesmo momento. Mas os tive nos momentos certos. De certa forma, posso dizer que nunca me faltaram.
Foram suficientes pro meu sucesso, fracasso, ruína e ascensão. Cada um com o seu modo particular de agir.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Ele não precisa de porra de média nenhuma.

Hoje algo que não estava nos meus planos aconteceu. Um dos meus maiores ídolos se foi.
Pouco me importa qual foi o motivo. Se foi pela própria dependência química dele, suicídio. Foda-se. Ele se foi.
E cara, o que é mais louco nisso tudo é que esses dias eu tava escutando suas musicas e dizendo que queria que meu filho o visse quando fosse um pouco mais velho. Queria que ele entendesse o porque que sua obra é tão marcante... Não poderei mais.
Terei de usar de artifícios sonoros e visuais pra que ele tenha pelo menos uma idéia do que eu quis dizer quando chamei aquele homem de gênio.
Pessoas me falam de Renato Russo, Jim Morrison, Ian Curtis, Joey Ramone... Eu não conheci nenhum deles. Eu conheci Alexandre Magno Abrão.
Ele foi o meu Cazuza, o meu Roberto Carlos, o meu David Bowie.
O meu gênio.
Que Deus o tenha.