segunda-feira, 19 de março de 2018

O mal de ser bom

Eu li uma vez numa parede na rua: "A verdade é que não há verdade".
Era uma virtude ou uma coincidência? Confesso que me senti inquieto de estar meio que "à mercê" de tanta sede de dualidade.

O barato é caro.
O normal é raro.
Vejo, lentamente, se estou com pressa e o quanto adoro ser odiado.
Sempre faço o que eu quero e nunca posso ajudar.
Esqueço o quê o médico me proibiu de tomar e agradeço à Deus por ser ateu.

Eu não tenho virtudes ou privilégios em virtude da minha aparência. Creio eu que essa é a beleza de ser feio.

Procuro respostas.
Encontro perguntas
E desde que eu estava errado, eu estava certo, mals aí.
Se a minha mente ficar em branco, vejo tudo preto.
Sempre que escuto uma música alegre, estou deprimido. Não estou feliz.

Que má sorte ser supersticioso! Eu sou cauteloso, e juro que certamente tudo é duvidoso.

Quantas vezes eu disse não querendo dizer sim?
Quantas vezes eu senti o começo do fim?
Quantas vezes eu disse sim queria dizer não?

É assim! Quando lhe digo uma coisa, eu lhe digo o oposto.

Que tenso.
Até minhas fraquezas são mais fortes do que eu.

sábado, 3 de março de 2018

E etc.

Chegamos a um nível onde se importar é sinônimo de fraqueza, de controle. Onde aquele que se importa com outrem recebe riso e ridicularização porque sempre acham que não vale à pena.
E quantos disseram que não vale, certo? Quantas vezes ouviu "irmão, vai dar em nada isso aí" mas você seguiu?
Nunca o fez?
Deveria.
Hoje, teria chegado à mesma conclusão que eu.

O ser humano é infantil. É imaturo. É egoísta.
Mas os melhores seres humanos são aqueles capazes de aguentar as porradas. De continuar as aguentando até o agressor perder pelo cansaço.
Sem nunca, jamais, revidar.