quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fogo.

O meu amor tem um jeito manso que é só seu. E que te deixa louca quando te beija a boca. A sua pele toda fica arrepiada e te beijo com calma e fundo até sua alma se sentir beijada.
Que rouba os teus sentidos, viola os teus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes. Depois brinca contigo, rio do seu umbigo e lhe cravo os dentes.
Que te deixa maluca, quando lhe roça a nuca e quase te machuco com a barba mal feita.
E de pousar as coxas entre as minhas coxas quando você se deita.
De me fazer rodeios, de te beijar os seios, te beijar o ventre e lhe deixar em brasa.
Desfruto do seu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa.
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz



(ouvindo Chico Buarque - João e Maria)

Desistir.

Ah, se eu aguento ouvir outro não, quem sabe um talvez ou um sim. Eu mereço enfim. É que eu já sei de cor qual o quê dos quais e poréns, dos afins, pense bem ou não pense assim.
Eu zanguei numa cisma, eu sei. Tanta birra é pirraça e só. Que essa teima era eu não vi e hesitei, fiz o pior, do amor amuleto que eu fiz deixei por aí. Descuidei dele, quase larguei, quis deixar cair.
Mas não deixei.
Peguei no ar. E hoje eu sei sem você sou pá furada.
Não me deixe aqui. O sereno dói, eu sei, me perdi, mas... Ei! Só me acho em ti.
Que desfeita, intriga, um capricho essa rixa... e mal
Do imbróglio que quiproquó, e disso, bem, fez-se esse nó.
E desse engodo eu vi luzir, de longe, o teu farol... minha ilha perdida é aí.
O meu pôr do sol.


(ouvindo Los Hermanos - Paquetá)

Sem sentido.

O que faz sentido pra você?
O que significa sentido em si? Eu não sei.
Dizer o que sente ou o que pensa já deixou de ser suficiente, faz tempo. As contradições nas quais você mesmo se coloca são terríveis, dolorosas e ridículas. As pessoas à sua volta pagam por elas quando você as faz e você também acaba pagando quando tudo cai sobre você. Acredite, de um jeito ou de outro, vai cair. Sua construção vai ruir e toda a besteira que você fez vai te julgar... pelo resto da vida.
Mas saiba que o futuro pertence a você. Seu destino, é você quem dita.
Logo, o sentido só aparece quando você mesmo quer que ele apareça, quando você mesmo o chama.

Então eu repito: o que faz sentido pra você?



(ouvindo Panic! At The Disco - I Write Sins Not Tragedies)