E mais uma vez eu tenho pensado na porra da minha vida inteira.
Mais uma vez, tenho pensado em todas as pessoas que conheci e conheço bem como naquelas que eu deixei ir quando, hoje, penso que não foi o momento.
Talvez, agora, esteja naquela fase do arrependimento onde a gente sempre se olha e vê que não somos tudo aquilo que pensávamos ser. Ou que somos. Ou que pudéssemos ser, mas, ali, não fez sentido manter certos contatos. Certos relacionamentos.
Somos volúveis pra caralho, né?
Eu sou, em certos campos da minha vida e personalidade.
Me lembro do OutKast falando "I am for real" e pedindo desculpas por isso.
Será que eu devo pedir desculpas por ser sincero e real sendo que o resultado é machucar alguém?
Penso que não.
Penso que sou minha própria casa e que, se eu não me sentir em paz comigo mesmo, não haverá ser humano na minha presença que se sentirá bem. Mesmo que não vivamos pra ninguém, é bem merda quando não temos a possibilidade de ter alguém que se sinta ao menos confortável na sua presença.
Não temos como prever o tempo, mas temos como prevenir as tempestades.
E eu espero ser capaz causar bad weathers quando eles forem necessários.
E espero poder trazer o sol ou o céu cinza pra quem o sente falta.
Peço desculpas, senhora Jackson.
Mas eu sou real.