Oi, filho. Sou eu, de novo.
Queria deixar registrado que te ver desfilando foi uma emoção colossal que ainda não consegui processar haha
Foi lindo!
Bom, então, faz um tempo que não te escrevo, mas saiba que não é por falta de vontade. Também não vou colocar a culpa no tempo.
Posso dizer que estava ocupado demais te vendo crescer e acabei deixando de lado esse negócio de escrever.
Queria dizer que, além de todas as coisas, ser seu pai é a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu nessa vida. Na verdade, ela acontece todos os dias. 24 por 7.
Sabe, é muito doido pensar que na última vez que te escrevi algo, ce nem falava muito bem. E isso nem faz tanto tempo assim... Agora, vejo você jogando Overwatch - muito bem por sinal -, Pokémon e criando suas preferências pra brinquedos como jogo da memória, quebra-cabeça e pistas Hot Wheels. Te vejo traçando personalidade enquanto escolhe seus desenhos favoritos e me repreende quando falo um palavrão. A cada dia, vejo o quanto ce tem de mim: a impaciência, o imediatismo, o perfeccionismo. Aquela vontade de deixar as coisas sempre do seu jeito e, vez ou outra, se irritar quando perde em algo.
Ver que você faz seus desenhos, abraça espontaneamente, sem aviso, e diz "eu te amo, papai" sempre quando eu mais preciso.
Sabe, eu não peço pra que você seja criança pra sempre. Não peço que seja assim por toda a vida. Muito pelo contrário.
Quero sim que cresça, que vá lá fora e aprenda ainda mais sobre as pessoas e o mundo.
Yuri, o que eu mais quero nessa vida é você feliz. Quero que seja você mesmo sempre sempre sempre! Que ame sem medo, que viva sem receio. Que erre, que acerte.
Meu trabalho será sempre estar por perto pra te ajudar a levantar, fazer seus curativos e erguer sua cabeça. Zelarei sempre por ti, custe o que custar.
Me perdoe pelas broncas, pelos gritos. Faço pro seu bem e sei que um dia vai entender. Talvez também seja pai de uma criança e talvez você aplique as minhas "técnicas" com ela.
Tu é meu bem mais precioso e não há nada nesse mundo que eu ame mais do que você.
Tá bom?
Um beijo, cabeção!
por Papai, vulgo Marcos Gonçalves.
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