quinta-feira, 28 de março de 2019

Voltei de onde não estive.

Mesa de bar sempre vai ser o melhor lugar pra organizar os pensamentos. Esse sou eu agora. Já.
Tava vendo aqui e, nesses últimos meses, tenho focado no meu profissional de uma maneira que jamais tinha feito antes. Tenho focado em coisas que jamais tinha focado e tenho feito considerações jamais consideradas. Justamente por considerá-las inconsideráveis. Inaceitáveis, profanas e incompreensíveis.
Até pra mim.
No entanto, o que antes não era palpável, hoje é. Bem como o que não era realidade, hoje se aproxima de.
Tenho sentido que a vida em si tem me dado motivos pra pensar nela própria como se fosse uma dor de dente que passa ao se tomar um analgésico: sente-se o alívio, livra-se dela mas, na real, ce sabe que a dor vai voltar uma vez que, obviamente, tu não tratou da causa. É tipo tapar o sol com a peneira no verão do Rio, tá ligado?
Nessa reflexão toda enrolada, cheguei à conclusão de que preciso voltar pra terapia. Preciso cuidar da minha saúde mental já que a física eu fodo todos os dias devido incidências constantes de álcool, nicotina, stress e auto cobrança.
Querer ter a solução instantânea pra todas as coisas bate de frente pra com a minha falta de imediatismo com relação aos meus sentimentos pra comigo. Pra com o que espero e quero pra mim a longo - e não tão longo assim - prazo.

Voltei pros rap no fone de forma mais assídua como em 2004 fazia. Voltei a ter prazer em acordar cedo e ir pra rua em direção ao lugar onde passarei a maior parte do meu dia e pre-ci-so voltar a ter paz e harmonia nos meus lugares de descanso.
Preferir permanecer acordado jamais foi qualidade. E isso é algo que tenho passado a considerar: dormir não é o mesmo que fechar os olhos, perder a consciência e, sepá, sonhar. Dormir é sinônimo de ter paz.
Seja onde for.
Não importa onde ce more. Seja em si, seja num canto feito de concreto.
Paz é paz. E, mano, vou te falar...

Ter paz é do caralho.