segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mais um ato.

Abriu os olhos. 
Domingo de manhã e o sol entrava pela janela mas, abri-la não foi seu primeiro ato mas sim procurar na cômoda ao lado da cama por seu celular. Olhou e... Nada. Como havia imaginado... É sempre assim. 
Ele não mandou nenhuma mensagem nem tem nenhuma chamada perdida o que dá uma certa sensação de abandono. 
Logo afasta essa idéia, seria drama demais e hoje eu não to afim. 
Seria mais simples e fácil se eu voltasse a ser como era: meu nome é Resguardo e o sobrenome é Auto-suficiência. Seria bem melhor, afinal, sofreria bem menos. 
Mas escolheu usar o nome que sua mãe te deu e o sobrenome que ele tem. Quer casar. Casar com ele. 
Muitas vezes se lembra do passado, principalmente por saber que esse mesmo passado o incomoda e muito. 
Não teve só um homem em sua vida. Não é santa, lógico que não. Já teve varias atitudes que ele abomina ou pelo menos abominava porque não tem cristão que agüente aqueles olhos verdes. Mas à noite, quando esta sozinho ele pensa. E ela sabe. Por isso faz melhor na próxima vez e se apressar a dizer que nunca teve nada assim em toda a sua vida só pra poder ver aquele sorriso que tanto ama. 
Mas isso não será mais assim. 
Só hoje ela terminou com ele 5 vezes, mas enfiou na mente de que não tem volta, ah não tem mesmo!
Fala tudo o que pode e o que não pode, não mede suas palavras e não quer explicações. Os 'fatos' mostram tudo. 
Se ela tem o respaldo dos fatos, não precisa escutar o que ele tem a dizer. É só falar, falar o que pode e o que não pode. Ele não pode argumentar, afinal, ele esta errado, pensa. 
Mas será que esta mesmo? Não muda nada agora. O que foi dito, foi dito. O que foi feito foi feito. 
Com esse pensamento, ela segue a vida. 
Não precisa mais de nada. 
Deita a cabeça no travesseiro, 'será que ele ta bem?'



(ouvindo A Day To Remember - If I Leave)

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