sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
A maior missão do mundo
Isso é uma lástima.
Eu mesmo conheço mães sensacionais que jamais precisaram de um homem na criação de seus respectivos filhos e filhas mas, mesmo assim, é uma puta duma lástima obrigar uma mulher a assumir todas as responsabilidades de ser mãe, pai, avó, avô. É uma merda pra criança também porque ela cresce, às vezes, mais insegura e até meio agressiva no que pode vir a falar ou fazer justamente porque o mundo vai obrigá-la a pensar que é diferente por não ter um pai ali ao seu lado.
E por último, é uma lástima FUDIDA pro pai. Porque ele não sabe o que ele perdeu. Não sabe o que perde.
Cada cara que abandona uma mulher grávida não sabe o que tá perdendo.
Sinceramente, eu posso te dizer o que é ter um filho de forma simples: é a melhor coisa do mundo.
Meu filho chama Yuri.
E todos os dias nos quais eu acordo com ele pulando em cima de mim e dizendo "papai" é como se o sol estivesse do meu lado. Me aquecendo, me animando.
Cada abraço de uma criança te economiza uns temers com psicólogo/psiquiatra lá na frente.
Cada vez que ando com ele de mãos dadas pela rua e ele me conta vááááárias histórias, sinto-me o homem mais sortudo do mundo. E é justamente isso que esses manos perdem quando abandonam as mulheres.
Histórias, aventuras, brincadeiras e sorrisos pra caralho.
Eu escolhi participar da maior missão do ser humano: criar uma outra pessoa. Criar uma criança, um outro ser humano.
É bom ser pai. É sensacional.
E não tem um dia que eu não agradeça a seja lá quem for por ter me feito capaz.
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Dezoito anos already.
Esses dias ce tem me feito muita falta, sabe? Por mais que pareça estúpido... sei lá. Mesmo após dezoito anos, eu ainda sinto a sua falta, e muito.
Nunca tive - classificarei dessa forma - a audácia de escrever sobre você. A verdade disso? Desconheço. Talvez seja medo de chorar enquanto digito ou talvez, mesmo após toda essa caralhada de anos, eu ainda não tenha superado.
Ok, vão dizer: "NOSSA mas você tinha nove anos, não tem como lembrar de nada".
Engano seu.
Me diz: como você esquece um cara que não tinha vínculo algum com a sua mãe, mas a tratava como filha? Fosse diante dos seus olhos, fosse diante dos filhos dele. Fosse onde fosse.
Aguardava ansiosamente a hora que ele chegava do trabalho. Me escondia atrás do braço do sofá da casa dele toda vez no intuito de assustá-lo (como se ele já não soubesse de onde eu iria surgir, afinal, o ritual era repetido todos os dias). Ele sempre tomava aquele susto super encenado, mas me acabava de rir. Enfiava a mão em um dos bolsos e distribuía chicletes para meus primos, pra minha irmã e pra mim. Sempre igualmente. Após isso, ele ia em todas as casas ver como todos estavam. Checar se seus três filhos - meu pai, e duas tias - estavam ok.
Amava o jeito que ele conversava manso, voz grave e decidida. Sincera. Verdadeira.
Sua postura era a mesma em qualquer lugar. Desde casa até a mesa de bar.
Durante muitos anos, ele era o único adulto que ia na minha casa para ver e passar horas conversando com minha mãe. Sentava no sofá, tomava um café e ficava ali, de calça social, sapato preto, as pernas cruzadas e um cigarro pendendo de um canto da boca. Um verdadeiro gentleman de sua época.
Eu amava aquela sensação de olhar nos olhos dele e ver a iminente retribuição. Ver a maneira como lia a minha alma e sabia tudo o que eu sentia e pensava.
Confesso que não senti a sua perda de pronto. Na verdade, fui senti-la só uns anos depois quando a diferença de tratamento para com minha mãe, minha irmã e eu se tornou visível. Quase palpável, diria.
Ninguém gosta de admitir que é preconceituoso, eu sei. Mas enfim. Isso é assunto pra outro momento.
Perceber que o tive por tão pouco tempo é uma das maiores dores que já senti. Sério.
Sabe, fico pensando: será que você teria orgulho de mim? Do que me tornei? Provavelmente ficaria bem puto por descobrir meu vício em nicotina, mas sei que seria uma ótima companhia para uma cerveja.
Gostaria de que você conhecesse meu filho. Queria saber o que você iria achar da minha vida, das minhas escolhas...
Às vezes, quando ando em meio uma puta multidão, confesso que espero ver o seu rosto.
Caralho, vô, sinto demais a sua falta. Muito mesmo.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Uma criança mimada chamada Universo.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Te desafio.
É tão bosta deixar claro o que se sente?
Você vai ser menos humano se disser que ama alguém?
Por que, pra nós, é tão difícil admitir um sentimento considerado bom globalmente? Um sentimento que, nos filmes, nas novelas e nos livros, completa as pessoas, muda vidas e constrói finais felizes.
Por que é mais fácil se esconder atrás de letras digitadas e indiferença mascarada?
Diz pra mim: POR QUE É TÃO DIFÍCIL?
Melhor seria cagar regra;
Fala que prefere beber todas assistindo Netflix na sua sala solitária.
Fala que é melhor fumar 20 maços de cigarro num quarto fechado, cheirar a nicotina 60 dias enquanto enche o rabo de catuaba de açaí do que sentar numa calçada e fazer o mesmo acompanhado.
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Tempo.
Sabe mas não vive.
Vai viver, humana.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Mente.
A verdade é que as pessoas se dão o tanto quanto estão acostumadas. Nada mais.
É difícil pra alguém que leva uma vida sempre envolvendo-se ao máximo em todos os relacionamentos, do nada, ver-se obrigada a não se dar demais. Pra ela, isso é uma tortura.
O mesmo ocorre com o contrário.
Alguém que não "cai de cabeça" na vida do outro, alguém que trata tudo superficialmente, que relacionamento é "um título", algo que serve só pra chamar de namorada(o), ir no cinema, apresentar pros pais, dar uma ou duas transadas por semana. Esse sim vai entrar em pânico quando se ver em algo mais profundo. Em algo que ENTRA NA MENTE mesmo. Que decifra a gente de dentro pra fora.
Gente que tá acostumada com o bom, velho e conveniente "de fora pra dentro" sofre MUITO pra entender a imensidão do ser humano.
Eu sei que é como se eu estivesse dialogando sozinho - sim, um texto trata-se exatamente disso - e vocês estivessem preocupados demais em sorrir pra mim e dizer que tá tudo bem.
Não é isso que eu quero.
Espelhos.
Salários gastos com nutricionistas aproveitadores, dietas absurdas, chás milagrosos, quilos de maquiagem. Cartões estourados devido a compras em demasia, vestuário coberto de marcas de nome enquanto o seu, que vale muito mais que o de todos esses logos, está desvalorizado e ninguém mais lhe cede confiança - leia "crédito". Aí vem os consignados, cheque especial e sua vida vira uma bola de neve na qual você vai passar os próximos dez anos, no mínimo, rezando pra que ela encontre um muro e, enfim, deixe de existir.
Tudo isso porque, um dia, olhou-se no maldito espelho e decidiu que estava gordo(a); magro(a) demais; que "não tinha roupas". Concluiu que seus seios são desproporcionais; que tem uma marca de nascença que incomoda.
A verdade é que vivemos num habitat onde existem padrões de beleza e, pra grande maioria dos nativos, se ce tá fora dele, não é interessante. Tu não é atraente.
Convido-os a parar um minuto e questionarem-se: quando foi que você se tornou esse lixo? Que prefere apontar o dedo e dizer como as pessoas devem ser ou se comportar? Os lugares que devem frequentar ou as pessoas que devem ter à sua volta? Quando foi que a superfície passou a ser mais interessante que o esplendor e toda a diversidade de vida existente no fundo do mar?
Ah, como seria mágico se nossos reflexos nos mostrassem como somos por dentro.
Imagine a modelo de corpo escultural e barriga trincada que maltrata a empregada, ao deparar-se com sua imagem, vendo algo parecido com uma carranca.
E imagine como se sentiria aquele cara tímido, de alma calejada após tanta gozação sofrida no ensino médio, mas que se chamá-lo pra uma conversa, se apaixonaria pelo ser humano puro, cheio de conhecimento a compartilhar e nem um pouco arrogante.
Precisamos parar de afastar as pessoas, gente. Esse negócio tá muito fora de moda.
É, vou falar assim: fora de moda.
Quem sabe se usar de um termo fútil - assim como Vossas Senhorias são - consigo fazer com que entendam a merda na qual estão envolvidas.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Hoje.
Acho que chega um momento, pra todo mundo, em que muitas coisas passam a ficar, digamos, menos interessantes. Tediosas, talvez, mas gosto de pensar que o interesse meio que se esvai. Sei lá.
Maturidade é uma palavra que pode ou não se aplicar à essa questão. Acredito que seja mais algo relacionado ao seu estado de espírito, prioridades, obrigações.
O fato maior é que acabamos, mesmo sem querer, julgando mal aqueles que praticam aquilo que não vemos mais como relevante. Pura hipocrisia, eu sei.
Veja, prefiro, hoje, mil vezes sentar de frente a uma pessoa e dissertar sobre o assunto que for: futebol, estrelas, universo, livros, amizade, amor; gosto de ter os olhos do outro nos meus enquanto o escuto e vice-versa.
Encaro isso como algo positivo em uma época na qual é super comum perdermos o costume do estranho contato visual. Da relação interpessoal em si. Estamos acostumados a ver casais preocupados com suas postagens mesmo quando frente a frente em um restaurante x. Algo que, por padrão, deveria ser um momento a dois, é comum se tornar um momento " a centenas". Nossos olhos estão habituados às telas, mas não mais aos rostos. Tanto que se olhamos demais pra alguém, este mesmo encara o ato como algo ofensivo ou digno de intimidação.
Hoje, os sentimentos estão nos emoticons; o divertido está nas risadas digitadas e o tédio nos áudios gravados.
Desaprendemos a fazer telefonemas pois a voz de outrem é tediosa demais para se escutar por mais de trinta segundos. "Vou mandar uma mensagem pra ele (a)" se tornou o nosso script na vida.
As memórias do nosso cérebro não mais bastam. Elas precisam ser estimuladas por likes, compartilhamentos e marcações. Precisamos ser estimulados virtualmente pra chegarmos perto de sentir menos que o nada.
"É a evolução", você dirá.
Mas essa palavra é usada quando algo muda pra melhor, não?
Estamos usando-a em um momento claro de retrocesso.
Sei lá.
Sei que estou sendo hipócrita. Também sou usuário de tudo isso diariamente. É que me peguei pensando nessas coisas e me fizeram muito sentido.
Sabe, sempre que eu puder, vou passar a requisitar a presença dos meus. Aqueles que eu sinto falta, que quero por perto. Às vezes, os dias nos levam pelos caminhos mais fáceis, mas eu aprendi que os mais difíceis são os mais compensadores.
Tenta você também.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Todos somos feitos de pó de estrelas.
Luzes dos postes, faróis, semáforos. Dos bares. Todas essas são as suas estrelas particulares que, juntas, formam seu céu. Sua constelação.
Se reparar, brilhos faíscam em seus olhos sempre que fala de um alguém com o qual tenha se impressionado. De um alguém que a tenha marcado. Um professor, um amigo ou, sei lá, um familiar. As pessoas importantes também são brilhos eternos em sua mente cheia de lembranças. Mente essa, meu caro, que é nítida, clara, interessantíssima e, por mais que ela não queira, transparente.
Ah, se é.
Não é preciso ser um gênio, cartomante ou telepata para saber disso.
Seja uma boa companhia, mas não se esforce para tal: por mais esperto que você pareça ser, o mínimo movimento te entrega.
Pois é.
Nunca estamos protegidos de pessoas como ela. Transparentes, verdadeiras e íntegras. Afinal, assim como elas o são, também possuem a capacidade de fazer com que o resto do mundo seja aos seus olhos.
As pessoas e suas reações; o universo e sua infinidade; a noite e suas paixões; a mesa de bar e seus diálogos. Todos são como páginas de livros para ela. Todos esperam ansiosamente por aqueles que tenham a capacidade de lê-los, conhecê-los e, quem sabe, torná-los razão de emoção. Razão de boas memórias e, claro, aprendizado.
Ô, moça! A vida pra você é uma eterna universidade onde os tópicos mais importantes de fato são razão de sono e tédio para aqueles sem visão. Você que é tão lúcida, segura e sonhadora. Enxerga tudo isso com o mais puro fascínio estampado no rosto.
Sortudos são todos aqueles capazes de enxergar o universo presente nos seus olhos e tornar parte de si próprios. Entrar de cabeça numa espécie de viagem sem volta que é conhecê-la.
Conhece a pequenez do ser humano. É ciente do quão ínfimos, pequenos e insignificantes somos se comparados à imensidão infinita que nos cerca e, justamente por acreditar nisso com todas as suas forças, não teme o novo.
A mudança é seu playground. É o quintal de sua casa que faz visita todos os dias só para manter a certeza de que ele ainda está lá. Cultivado, firme, sólido, vivo e amplo o suficiente para comportar todos os seus sonhos.
"Todos somos feitos de pó de estrelas".
Verdade.
E, dessa vez, a culpa não é delas.
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Por aí.
Alguém comum, sem destaques evidentes, sem cavalos brancos . Alguém que soubesse se aproximar sem ser invasiva ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante. Alguém com quem eu pudesse conversar sobre filosofia, literatura, música, política ou simplesmente sobre o meu dia. Alguém a quem eu não precisasse impressionar com discursos inteligentes ou com demonstrações de segurança e autoconfiança. Alguém que me enxergasse sem idealizações e que me achasse atraente ao acordar, de camisa amassada e sem gel no cabelo. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse boas gargalhadas. Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras. Eu queria não precisar usá-las e ainda assim não perder o mistério ou o encanto dos primeiros dias. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse. Alguém com quem eu pudesse aprender e ensinar sem vergonhas ou prepotências. Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrado. Alguém que me olhasse nos olhos quando fala, sem me deixar intimidado. Que não depositasse em mim a responsabilidade exclusiva de fazê-la feliz para com isso tentar isentar-se de culpa quando fracassasse. Alguém de quem eu não precisasse, mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonita e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Alguém educada, mas sem frescuras; engraçada e, ao mesmo tempo, levasse a vida a sério, mas não excessivamente. Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por ai e conhecer alguém imperfeito. Feito para mim.
terça-feira, 8 de março de 2016
Que seja assim sempre.
Então. É tipo isso que o homem sente em relação a vocês.
Tanta coisa aconteceu e ainda acontece, sabe. Mulheril aí se ferra diariamente por diversos motivos: pessoais, objetivos, marcas. Sei lá. Mas sempre tem um outro pra denegrir a luta, as conquistas. Pra diminuir o espaço que já é diminuto, mas sempre querem reduzir ainda mais.
Bora abrir um pouco mais a mente.
Sejamos feministas ao abrir a porta pra elas; ao deixá-las subir no bus ou entrar no elevador primeiro; ao deixar as gestantes sentarem no seu lugar mesmo que não seja preferencial.
Sejamos feministas ao intervir num possível assédio; ao entender que olhar não faz mal, mas ficar gritando "gostosa" não é direito.
Sejamos feministas quando nos depararmos com alguma situação onde o "instinto masculino" (que eu acredito ser a pior desculpa do século) falar mais alto, pensarmos antes em nossas mães. E se fosse com elas? Deixaríamos acontecer ou as defenderíamos? Será que usaríamos o velho: "ah, ele é homem, né. Normal"?
Estou certo que não.
Fazer nossa parte não custa nada, mano.
Bom dia e feliz dia das moças pra todas as moças.
#diainternacionaldamulher
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Paternidade.
Se eu disser que nada mudou após os últimos três anos, seria mentira. Até porque, as minhas responsabilidades e metas foram todas alteradas. Redirecionadas. Editadas sem direito a revisão... Seja lá de quem fosse.
Me tornei pai há três anos. A sensação vem antes, mas o fato demora um pouco mais pra vir, sabe como é. Já sabia e só precisava de uma confirmação pra, sei lá, aceitar que era real. Aceitar que, a partir daquele momento, eu seria mais completo e absurdamente mais feliz.
Por muito tempo, eu quis ser pai, sabe? Tipo, ensinar as coisas; mostrar lugares; dar lições; contar histórias reais e outras não tão reais assim. Sentir as lágrimas nos olhos só de vê-lo respirando.
Nesse meio tempo, já escutei muitas definições de muitas mentes diferentes. Diversas visões sobre o mesmo assunto:
'Porra mano, e agora?';
'Parabéns!';
'Felicidades!';
'Vish, se fudeu!';
'Nossa, que bênção!';
'Que vacilo, hein?'.
Esse assunto sempre foi um tanto quanto, não sei, polêmico. Nêgo, acha que a vida acaba quando se tem um filho. Que é como uma prisão ou coisa parecida.
Tá longe de ser real isso aí.
Não estou querendo meter o pá nem o bom-samaritano. O 'diferentão'. O 'tal'... não preciso disso, entende? Aqueles que me conhecem sabem que eu amo ser pai dele.
Entendo que tudo tem seu momento... mas, quem sou eu pra dizer que aquele não era o meu? E de fato foi.
Senti que era. E foi isso que contou no fim.
Amorfo.
Afirmamos tudo isso em reverência.
Pessoas são capazes de agarrar à esperança, porque a morte não pode ser vista.
Não, nós não temos destino. Apenas aqueles que já fora engolidos pela ignorância e medo; que tomam falsos passos... Esses tipos de seres deverão ser aqueles a nos guiar pelas águas lamacentas chamadas "destino".
Nós viemos juntos. Como pingos d'água, como corpos astrais.
Nós nos opomos como imãs, como as cores da pele.
Se eu fosse a chuva, poderia me conectar à alma dos outros assim como ela própria faz ao unir os eternamente separados terra e céu?
Nunca devemos derramar lágrimas, pois isso é derrotar a forma de vida e se dar às emoções. Em seguida, elas só se tornam uma prova de nossa incapacidade de controlá-las.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
E por aí vai.
'Então porque tu ta tão feliz?', CE vai dizer.
E, dessa vez, com prazer, eu sei os motivos.
São as pessoas.
Cada pessoa que me viu crescer; que me viu errar e insistir nesses erros; pelas pessoas que, sinceramente, me ajudaram a consertá-los indicando o caminho e não dando opiniões avulsas, fazendo-me ver os fatos sem usá-los contra mim, mas ao meu favor.
Também têm seus méritos aqueles que usaram dos meus defeitos, das minhas falhas, faltas. Que usaram para mostrar o quão verdadeiras essas pessoas um dia quiseram ser mas, de fato, nunca foram e nunca serão.
Que sempre visaram mostrar a outrem o quão ridículo eu poderia ser. O quão egoísta, falso, mentiroso e fraco.
Tudo isso, amigo, foi o que todos eles quiseram que eu fosse. Querem ainda que eu seja. Sempre à espreita, esperando o primeiro deslize para, mais uma vez, serem os primeiros a dizer para qualquer um que quiser saber o quão certos eles estavam sobre tudo. Sobre o que picharam. Sobre essa pessoa que acreditam conhecer tanto.
No mundinho desse tipo de gente, o que importa é estar sempre certo.
Parceiro, estar certo é fácil. O que você mais encontra são idiotas como você que têm os mesmos pensamentos. Afinal, é muito fácil encontrar um semelhante no quesito 'falar mal'. Todo mundo fala mal de algo ou alguém. Então, o trabalho se resumiria a encontrar alguém que compartilhe da mesma rixa.
A característica da pessoa se resume ao assunto que ela faz questão de abordar. Se critica a política: este é o patriota, conhecedor dos direitos humanos e toda aquela idiotice de gente que se acha sensa.
Se rolar uma crítica a um hit da internet: esse é o cara que não se enquadra nas modinhas. Diferetão.
Mas, porra, quem nunca disse: 'eu já o escutava antes de fazer sucesso'? Você já. Tenho certeza.
Poucos tem a cara de chegar e expôr o que realmente pensam. Poucos saem de trás do computador, celular pra trocar uns socos com aquele idiota que ta atrasando sua vida. É mais fácil bancar o intelectual e discutir verbalmente de forma impessoal e indireta, falae? É mais simples digitar fazer um puta textão arrebentando com todos os limites da zoação só pra ter platéiazinha de gente pop pagando pau. Quem sabe assim, seu idiota, você encontre um público que te aceite como é. Que te aceite sendo um mero ser inferior sem qualquer tipo de amor além do próprio.
E, assim, eu não sou contra o amor próprio. Lógico que não. Sem ele, muito mano estaria mais perdido do que já esta. Sou contra àqueles que o confundem com egocentrismo. Porra, convenhamos que a definição de amor próprio não esta em uma foto com Julliet na cara, pombo no peito e Ferrari na mão com a legenda 'eu me amo' fazendo bico. De boa, se você se ama de verdade, mate-se.
Talvez você renasça como alguém que, realmente, faça alguma diferença.
Hoje em dia, temos muitos revolucionários domésticos. Isso me irrita.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Senseless.
Meu coração é uma casa vazia quando ce tá longe... é vazio... e dizem que o amor não faz sentido quando o coração está vazio.
Estive próximo a milhões de estrelas e nenhuma delas brilha mais que você. O céu é tão escuro sem você. E nada faz sentido a não ser que eu o tenha.
Foco não é mais o mesmo se você não aparece em minhas fotos ou em qualquer lugar que eu estiver em evidência. Emoções não são as mesmas se não são sobre você.
Não entendo nada.
Desde o começo, você tem esse efeito em mim. Tudo que eu quero é você. Digo isso literalmente: ninguém consegue a intensidade que ce tem.
Só queria ouvir tua voz, sabe?
Estive pelo mundo, e não é o mesmo sem você nele.
Tive de descobrir isso da pior forma.
sábado, 30 de janeiro de 2016
Gettin' use to it.
Logo agora?
É difícil ser verdadeiro.
É difícil ser você mesmo quando se é o tipo de pessoa que, acima de tudo, não precisa de nenhum outro ser humano para poder dar tudo de si... isso até a exceção aparecer.
É difícil se acostumar, de repente, à uma realidade diferente daquela que você traçou, daquela que você deu andamento com tanto custo.
A real é que tudo isso é uma questão de acostumar-se.
Ser uma pessoa que não se contenta com o que é cômodo, não funciona. Então trate de mudar, amigo.
A verdade absoluta é que eu não te recomendo a mudar... Maluco isso, né? Mas é sério: jamais mude. Apanhe mais, tome mais chutes na cara e escute mais e mais "vá embora".
Get use to it.
E eu digo isso por um único e simples motivo: você vai estar habituado a toda e qualquer porcaria que acontecer.
Vai chegar o dia que você não será trocado, mas irá fazer as trocas. Mudar as peças ao bel prazer.
Ser o dono do jogo. O controle na mão.
Quem nunca quis poder fazer suas escolhas sem remorso?
Ainda vai ter um momento que você vai precisar do abraço dela, ah vai. Mas vai estar tão acostumado ao fim trágico, dramático que, se vier, soma. Se não, é só mais uma coisa que deu errado mas já era esperado, anyway.
Vai chegar aquela hora que, aos olhos dos outros, qualquer abraço serve.
O importante é que, aos seus, role uma seletiva. Só o dela importa.
Mas quem liga?
Ninguém vai saber. Não é assim que fazemos desde sempre?
Afinal, aprendemos a estar acostumados com todo o revés que os sentimentos trazem.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Toddynho.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Gente.
Só falar a esmo.
A real é que não existe muita coisa sobre as quais refletir. Trabalho? Rotina? Não. Ninguém quer ouvir falar disso. Querem polêmica. Impacto. Diferença.
A vida toda tenho visto amigos se perderem em diversas coisas: namoros, relacionamentos, empregos, drogas. Pra quê?
Chego a conclusão de que cada um busca seu refúgio. Seja na depressão; em seus sons preferidos; no álcool.
Tenho buscado, confesso, calmaria nas coisas simples. Na música matinal. nos seres humanos que me inspiram, em pessoas bonitas mentalmente.
A verdade é que não sei traduzir bem.
Sei dizer que gosto de gente que gosta de gente.
Humanos que mantém amizades de anos. Amizades, aos olhos de muitos, perdidas. Aquelas que a gente não mantém por perto fisicamente, mas que sempre estão lá quando precisamos. Não importa o tempo, a distância ou a vivência. Amigo é amigo. Sempre será.
Aprecio pessoas decidias. Pessoas que sabem como agir em situações inusitadas mesmo que, em seus respectivos íntimos, estejam sofrendo. Gente que gosta de olhar para a frente e traçar prioridades. Coisas acima de si mesmas.
Cansei de pessoas individualistas por mais que, de certa forma, eu seja uma delas.
Atire a primeira pedra aquele que não pensou em si antes de outrem.
Hã? Que tal? Eu sei que você é assim.
Não finja.
Se for pra ser canalha, que seja. Caráter sempre foi algo relativo. Até porque não existe cartilha dizendo comom se deve agir em situações "Y" ou "Z". Quem traça isso é ti mesmo,
Sabe, cara, passamos tempo demais pensando nos objetivos sem viver, de fato, as possibilidades, Quantas vezes, me diga, você deixou de fazer algo porque a sua calmaria do momento seduzia mais que o desconhecido?
Hã?
O problema todo é esse.
Não tenha medo de ser canalha, puta, meretriz, vagabundo(a), sem noção.
Que o mundo desfrute mais de gente assim.
Gente como a gente.
Gente como eu. Como você.