quarta-feira, 6 de julho de 2011

Abençoado com uma maldição.

Por muitos e muitos anos eu pensei que nunca poderia, nunca seria capaz ou digno de ter/fazer determinadas coisas. Sempre impus os meus limites.
O problema? Isso incomoda.
Não me importo, de verdade, com a opinião dos outros sobre mim. Confesso, nunca me importei... mas como bons idiotas que somos, tem sempre alguém à quem você se dedica mais. Aquele ser que faz com que dentro de você nasça aquele sentimento, aquela vontade de querer ser notado(a), visto(a). Aí, você erra. Errou, se expôs demais... e isso não tem como controlar.
As pessoas não são malígnas, claro que não. Eu não disse isso. Mas, saiba que, todo mundo quando conhece alguém demais, sabe onde bater. Sabe onde dói. Sabe que palavras e atitudes causarão o impacto desejado e, amigo(a), espere por ele. O impacto. Ele vem, viu? Não importa onde esteja.
'Como pessoa durona que sou, não deixo transparecer. Choro em casa, mas NUNCA na frente dela(e)'.
Quem nunca pensou assim?
Você acha, sinceramente, que esse ser não sabe que você se abalou? Acha mesmo que se esconder em meio as quatro paredes do seu recanto (que você chama de 'quarto') vai resolver alguma coisa? Não. Não vai.
Ele(a) sabe. Sempre sabe. Lembra do início? Você se dedicou em mostrar pra ele(a) que você existe, quem você é, como pensa, o que gosta, o que odeia. Lembrou? Então.
Saber amar é uma bênção, mas ao mesmo tempo, uma maldição.

É como se tudo o que você tocasse, virasse pedra.
Entende agora?



(ouvindo CSS - Heats Me Like A Rock)

O mito no qual tenho de acreditar.

Jovens ou velhos. Negros ou brancos. Homens ou mulheres. Todos nós temos um mito no qual acreditamos.
Aquilo que todos que te amam alertam e aconselham que você mantenha distância... de que não vale à pena lutar, pensar ou falar sobre. Aquilo que, quem te ama, não deseja pra você.
Não se deseja pro pior inimigo.
Mas você acredita. Quer. Deseja. Ama. Mais que tudo no mundo e daria sua vida em função de.
Se joga na parede e pularia fácil de um prédio se a consequência final fosse de que aquilo fosse seu. Pra sempre e, assim, nunca mais te deixasse.
Faria o que fosse preciso para que o seu desejo fosse finalmente atendido por duas razões: a felicidade iminente e aquele prazer imenso de esfregar na cara de todos aqueles que lhe disseram que não daria certo. Que lhe disseram que você acredita em contos de fadas. Que lhe disseram que sonhar é coisa de criança. Que zombaram de você quando, inocentemente ou por puro reflexo ou necessidade, recorreu à eles como intermediários desse seu sonho. Não porque eles poderiam resolver o seu problema ou lhe conceder o seu desejo, mas por uma simples, estúpida e inútil necessidade que o ser humano tem de contar as coisas da sua própria vida pra um terceiro.
Entenda: seu melhor amigo é um terceiro. Seu irmão é um terceiro. TODOS, além de você e seu mito são terceiros.
O mito só deixa de existir quando se joga luz nele. Quando o explora.
Lembre-se, só você pode fazer com que o seu mito vire fato.



(ouvindo Slipknot - Vermilion pt.II)