quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Aquilo lá que vocês já sabem.

Por mim, eu nem me preocuparia com essas coisas de ódio, tá ligado?
Mas eu não posso fazer nada se Deus me fez uma pessoa rancorosa, odiosa, insuportável e que pega ódio fácil. Fazer o quê?
Nada.
Muitas vezes nem eu mesmo me aguento e eu sei bem que tem muita gente que pensa o mesmo.
Aí tá o problema, eu não ligo. Onde já se viu?
Normalmente, nem que seja por um fio de nada, as pessoas se preocupam com o que os outros pensam. Às vezes, é saudável até.
Eu, nem isso.
Não estou dizendo que sou o único no mundo que pensa assim, claro que não. Conheço pessoas que pensam igual.
A diferença é que nem sempre agem como tal. Sei lá, 'fraquejam', nem que seja por um mínimo momento.
Não me lembro de ter agido em função de algo que eu tenha ouvido falar sobre mim nesses 29 anos. Juro.

Me refiro a ser influenciado por algo que não foi dito diretamente. Que chegou a mim por intermédio de terceiros. Isso nunca me abalou.
Minha felicidade não se baseia nisso, mas ajuda a não ficar triste em um mundo onde você não sabe se tem amigos de verdade e muito menos pode confiar em uma pessoa que não seja tão próxima assim.
Não sou diferente de você. Tenho aquelas pessoas nas quais eu confio a minha vida, claro.
Mas a diferença entre você e eu é de que sei que, um dia ou outro, vai acontecer algo que vai te afastar dessas pessoas.
Sempre fui daquele tipo de cara que não se impõe limites. Em tudo. Nas atitudes, nas palavras, no emprego, na família, no relacionamento... É.
A vida está me ensinando de que não é saudável viver assim. Afinal, um dos meus maiores sofrimentos foram causados por mim mesmo. Não por masoquismo, mas por não perceber que o foco da dor estava em mim mesmo. Desde o início. Desde sempre.


Não mais.



(ouvindo Mudvayne - Same Ol?)

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Cuidado!

Cuidado com aqueles que estão sempre julgando os outros a fim de diminuí-los. Cuidado com os frustrados, amargurados. Eles podem tentar convencê-lo de que você não é bom o suficiente.
Inveja? Não. Eu não acredito em inveja. Eu acredito em acomodados que escolhem ficar estagnados na vida e incomodam com a coragem de quem vai à luta e faz acontecer.
Tenha cautela com o tipo de energia que você interage. Algumas pessoas no afetam de forma positiva. Outras, nos infectam e nos deixam doentes.
Pra você que não entende porquê as coisas não estão dando certo à sua volta, olhe. Olhe com quem você anda, o quê você faz. COM QUEM você o faz.
Às vezes, quem te puxa pra baixo, mora dentro da sua casa. Bebe do seu copo ou dá tapinha nas suas costas.
Gente mesquinha é assim: ela quer te ver bem, mas nunca melhor que ela.

Hábitos.
Pessoas.
Lugares.

Pense.
Tem muita mente brilhante andando com mente vazia ao lado.

E, de novo: não é questão de se isolar. É questão de isolar quem não te agrega porra nenhuma.
Mas vamo lá, né meu parceiro. Tenho certeza que ce deve ter pensando, neste exato momento, nuns dois ou três nomes aí que se real não te agregam absolutamente nada.

Corte.
Não tem motivo para este estar ao seu lado.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

"Leri"

Primeiramente, gostaria de deixar claro que não fui eu quem escreveu isso.
Foi uma amiga minha com a qual tenho 14 anos de amizade e, recentemente, - uns 2 anos e pouco depois da última vez - nos reencontramos. Momento esse, inclusive, que ela me falou sobre tudo isso enquanto almoçávamos e eu quase misturei feijoada com lágrima.

Hoje, resolveu contar à todos sobre.

Ah, você pode encontrar a foto bem como o texto aqui.

Peace



"Estava lendo um texto que gosto, hoje, e li a frase: 'Há que olhar nos olhos dos sentimentos insolúveis e sorrir...' Reservada que sou, posto tanto quanto conto de fato minha vida à amigos. Mas sinto que não estou me expondo, não dessa vez. E não quero e menos ainda preciso de quaisquer comentários de pena, isso tudo é um processo, onde eu vejo muita beleza.

Há anos sentia descontentamento em vários aspectos da minha vida, procurei a primeira terapia, e me ajudou muito e me acalmou, por momento, para o que eu estava pronta pra enxergar. Busquei muitas mudanças depois disso, mudei atitudes, mudei de casa, comecei a me buscar... a olhar pela primeira vez só pra mim e aos meus conflitos e sombras, e quem já o fez, sabe como é doloroso. Com toda essa interiorização somado há alguns fatos da vida que me deram um susto bem grande, como no dia da foto, eu cai. Entrei em depressão, tive crises de ansiedade, de pânico. Fiquei bem desorientada, sem entender tudo que estava acontecendo.
Quando de fato entendi o que estava acontecendo comigo, e aceitei (o que foi uma luta bem grande também... eu tenho um afilhado que me dizia nas nossas conversas desde a adolescência: 'Lê, admiro você pq vc encara tudo, sem medo, com peito aberto'... como essa pessoa forte caiu?), chegara a hora de trabalhar... Tive uma fase péssima no trabalho [de fato, eu era uma BMW à 20k/h], nos estudos, no relacionamento, no foco, na vontade de viver, de me cuidar, nas decisões... é bem difícil se olhar com carinho e gentileza, enxergar que você não precisa ser insegura com você, com seu corpo, fase e suas vontades.
E tenho certeza, que é difícil estar ao lado de alguém em um mergulho tão intenso dentro de si. Obrigada para quem esteve ao meu lado, de alguma forma eu permiti, foi tudo contra a minha vontade hahaha, mas me ajudou muito.  Nessa fase, alguém bem especial esteve perto, nem de longe foi a pessoa mais sensível, mas era o que eu precisava, de fato, sem passar a mão na cabeça, esteve, literalmente dia-a-dia ao meu lado... entre trancos e barrancos nos ajudamos muito.
Eu quis e precisei me afastar de muitos ambientes e pessoas na minha vida, raras as pessoas que entendem e respeitam essas mudanças, incluo me nessa. Como eu sai disso tudo? Na real, não sei... eu não acordei um dia e decidi "pronto, a partir de hoje minha vida será diferente", acho que quem entrou numa busca profunda de si, nunca mais sai dela, e não necessariamente percorrerá o mesmo caminho que eu ou qualquer outra pessoa tivemos. Não sinto mais o desequilíbrio que já tive, mas sinto que continuo me buscando sempre - e isso não quer dizer que eu não vá mais ter momentos ruins, de não aceitação, infelizmente não virei um ET, mas se lerem isso e quiserem me buscar, tamô aqui!
Não acho que as doenças do século tenha relação apenas com toda tecnologia, redes sociais, falta de empatia, e todos os diversos problemas humanísticos que temos por aí, enxergo além. Acho que muita gente tem se interiorizado, e cada um no seu tempo e jeito, o mundo de todos irá florir. Anseio por isso, e espero que não seja otimismo demasiado.
Todos nós somos um mar imenso, e as emoções são as ondas, elas vem pra mostrar algo, pra ensinar algo, se você não segurar essa onda, tudo flui... Eu aprendi muito sobre mim, cresci, e tenho tentado dia a dia, com calma e leveza, esse aprendizado todo, incluindo o que tenho tido de alguns meses até hoje.
Hoje faço terapia, cuido e busco do meu espiritual (e agora sem receio do que vão achar), tenho tentado cuidar de mim com o máximo de carinho e gentileza que consigo, por momento, enxergar o quão especial e linda que sou.
Desejo que todos se cuidem e se observem, de verdade. Que não fujam das ondas de emoção que aparece, por maior que ela seja. Não criem uma fuga, pq até essa fuga uma hora chega no beco sem saída".

por Letícia Sakamoto

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Imã.

Na minha impressão, as coisas na sua cabeça funcionam como um imã: o que te faz sentido e o que podes agregar, vem. Atrai. Envolve. Desenvolve. Tranforma. E libera como palavras de conforto, amor e afeto. Como se abraçasse seu interlocutor como um igual. Como se absorvesse a dor dele e transformasse em conforto. Em casa. Em lar.
O que não te chama, é polaridade invertida. Não entra na sua mente. Nas suas relações. Nos seus dias. Nem mesmo nos seus debates. O que não bate legal no cérebro, nego, essa moça expele. Ce ja tentou fazer dois polos negativos conviver no mesmo centímetro quadrado? Não? Nem tente.
Detenha: não é ranço. É princípio. Questão de pouca pausa. Ela não demora 3 segundos pra te dar uma resposta.
A mesma coisa que a física faz. Ou ela te atrai ou não. 
Ta ligado?

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A poesia e o ditado.

Um dia conheci uma mulher que gostava de livros. Ela me falou, enquanto fumava, que achava a literatura brasileira - antiga e atual - maravilhosa e que, um dia, seria escritora.
Ela me disse, enquanto abraçada com seu namorado, que sim, seria poetisa.

Cara, que moça.

Posso dizer que sou apaixonado por ela. Pelo cérebro dela.

Me disse que contaria sua história.
Que faz poesia.
Que cozinha quando pode.

Ela me disse que gosta de cerveja. Artesanal se possível, por favor. Mas eu nunca escutei de ninguém algo como ela aparenta falar sem dizer.
As pessoas podem sim ser completas e ser loucas. As pessoas podem sim ser inteiras e completar outrem sem saber. As pessoas podem sim cativar quem JAMAIS se pensou na possibilidade de.

Obrigado moça porque tu me fez saber que a poesia e o ditado têm sempre um lugar junto ao outro. Por me deixar ciente que somos humanos e somos seres pequenos em meio a tantos outros que buscam sempre a mesma coisa: o melhor pros nossos.
Seja mãe.
Seja pai.
Seja namorado.
Amante.
Marido.
Noivo.

Somos amantes eternos e sempre serei grato a ti por ter me feito ver que não somos feitos de nada supericial e por ter esfregado na minha cara que, SIM, o acaso aparece.

Me fez saber quem é tu. Me fez saber quem sou eu.

Me fez saber que a poesia e o ditado têm sempre um lugar.

Um junto ao outro.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Por que não você?


Hoje, encontrei uma pessoa que não via há anos. Que me agregou tanto e que me trouxe tanta coisa boa desde que a conheço e, mesmo assim, não a via. 

Engraçado como a gente passa tanto tempo sem ver quem tá na nossa frente e como a gente acha que tá enxergando quando, na real, só estamos olhando. Direcionando os olhos, melhor dizendo.
Ela me falou da vida, das coisas que vem fazendo, dos problemas que enfrentou nesse tempo todo. Das quedas, dos traumas. Dos novos hábitos que substituíram hábitos destrutivos. Das inspirações que me inspiraram também. Dos vícios e das fragilidades que todos nós somos capazes de largar e substituir. Das pessoas que não podemos perder. Dos humanos que temos de manter e também daqueles que não faria mal se afastar.

Impressionante como pensamos que nossos problemas são sempre maiores que os dos outros. Impressionante como somos mais fortes ou mais fracos e que as desculpas nunca acabam. Impressionante como somos muito mais do que isso aí e nada fazemos. Impressionante como o medíocre é atrativo e o quão difícil é se julgar, olhar pra si mesmo.
Olhar pra dentro e ver que ce pode muito mais do que isso que ce acha que tá daora.
Mas não tá.

Que sejamos capazes de permitir que as pessoas que passam por nós nos ensinem alguma coisa. Que as presenças e as ausências façam sentido. Que sejamos capazes de apreciar todos aqueles que dedicaram parte das suas vidas às nossas para que, quando gerarmos novas vidas, possamos passar toda a vivência juntamente àquela de quem nos tanto queria bem e, em determinado momento, não valorizamos.

Você tem o direito de julgar o que faz ou não bem pra você no momento A ou B da sua vida. Mas também espero que seja capaz de enxergar aqueles que jamais lhe abandonaram. Que seguem suas vidas, longe, mas presentes.
É aquele tal negócio: a gente não vale porra nenhuma, mas tem sempre alguém por aí que vale à pena.

Por que não você?

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Planetas de carne e osso.

Ontem eu tava na cozinha de casa fazendo um miojo quase duas da manhã, meio embriagado - confesso - e, digamos, fiquei divagando sobre umas brisas. Fiquei pensando em como nós meio que somos universozinhos coexistindo e as pessoas são como planetas no nosso universo pessoal, cercadas de estrelas que seriam outros humanos - talvez de menor expressão - pro NOSSO universo, mas essenciais pra atmosfera desses planetas, desses "alguéns".
Seguindo essa linha e da mesma forma que, na história, alguns planetas podem deixar de existir, na nossa vida, algumas pessoas fazem o mesmo. Contudo, isso não significa que seus nomes foram apagados, esquecidos.
Jamais!
A gente faz questão de citá-las sempre que contamos nossa história assim como não podemos de deixar de citar Plutão quando ensinamos os mais novos sobre o sistema solar. Saca? Não é só porque ele perdeu um posto expressivo que não foi importante ou que devemos deixá-lo de lado.

Acho que, nessa linha, talvez meu avô fosse meu Plutão.

Conversando sobre isso, fui presenteado com mais uma perspectiva: as estrelas. Por mais que não tão significativas, podem ser extraordinárias! Podem nos atrair e confortar - mesmo que momentaneamente - quando a gente tá de cara com aquele céu escuro, frio e sem graça. Podem nos fazer ficar admirando-as e imaginando todas as suas possíveis e impossíveis formas.

hahaha foda.

É como se a gente fizesse comparações involuntárias. Uma pessoa nunca vai ser mais importante que outra assim como tudo no universo tem o seu propósito e importância igual. No entanto, como qualquer pessoa que tá aprendendo na vida e zaz, tendemos a falhar, fazer "mals julgamentos" e ter preferidos. Assim como quem estuda o sistema solar tende a escolher um planeta mais legal por características superficiais.
Seja porque é grande.
Ou porque é vermelho.
E assim vai.

terça-feira, 3 de julho de 2018

É daora falar sobre esse negócio de se afetar com as coisas que acontecem

Quantas vezes nessa semana, quantas vezes NOS ÚLTIMOS DIAS você se desmotivou? Pensou em desistir? Pensou que não ia alcançar o que cê tá querendo?
Tenho certeza que a maioria passa por isso. Constantemente. E, na maioria das vezes, isso se dá porque vocês escutam ou pedem conselhos à quem não deveriam.

É daora falar sobre esse negócio de se afetar com as coisas que acontecem.

Só queria dar um toque em relação à isso: não aceitem "críticas construtivas" de quem não construiu nada de bom.
De novo: DE BOM.
Construir ódio, rancor, é muito fácil.

Escute críticas de quem quer seu bem, de quem gosta de você. AÍ SIM vai ter algum valor.
Entenda que ninguém - ABSOLUTAMENTE NINGUÉM - tem a certeza pra dizer que cê não vai conseguir. Que é impossível. Que cê não vai chegar lá.

Use a dor como uma pedra no seu caminho e não como uma área pra você acampar.
Se blinda, foca no que você quer e vai pra frente, porra.

Não tem oportunidade? Cria uma!
Não tem o que cê precisa pra ter uma oportunidade? Consiga o que cê precisa!

"Ah, mas eu sei de tudo isso..."
Ué, então por que não sai do lugar? Por que tá se questionando se vai dar certo ou não?

Mano, ninguém sabe de tudo. Mas tudo que cê precisa saber, se você REAL quiser, cê consegue. Independente do que falam ou do que tentam colocar na tua cabeça.
E se tão te desmotivando, jogando pra trás, cê tá no caminho certo! Afinal, ninguém inveja o ruim e ninguém odeia o fraco, não é mesmo?

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Legal? Pra quem?

A nossa vida é cheia de seres humanos.
Inevitável, mas a nós cabe a escolha de ser mais um deles ou mais um de nós.
Não somos aliens. Não somos estranhos.
Mas não fazemos parte da tal curva. Da tal naturalidade.
Não aturamos o errado. Questionamos o certo.
Somos da geração do "não". Não fazemos parte do "tanto faz".
Não sabemos o que é normal. Não sabemos o que é tradição. Não temos conhecimento de nada sobre esse negócio de ser comum.
Sabemos dos nossos. Sabemos de nós. Sabemos pouco da vida. Mas mais dos que pregam a genialidade.
Somos filhos. Futuros pais e mães.
Somos nós. Gente que busca todos os dias ser melhor e aprender com os erros que vocês, os certos, cometem.
Aos nossos olhos, errar é bom. Ao de vocês, errar é crime.
Vocês criminalizam aqueles que não os seguem.
Nós aprendemos com quem não concorda conosco.

Se fosse pra escolher entre estar certo e ter razão, eu prefiro sorrir.
É a única coisa que eu sei que vai fazer o meu dia melhor.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Pare de sentir falta de quem não sente falta de você.

Faz parte da nossa natureza suprir determinados vazios com algo. Com alguém. Mesmo que isso, muitas vezes, não seja póssível, tentamos anyway.
Pois é.
Uns bebem pra amenizar a tristeza e/ou esquecê-la. Outros acendem um cigarro pra diminuir a ansiedade. Tem aqueles que pagam por companhia pra suprir a saudade bem como tem quem arrume um alguém com um papo legal pra tentar superar um amor. Às vezes, o simples derruba o complicado. E tem quem diga que o complicado é até legal por um tempo.
Ele é aventureiro, diferente. Ele causa aquela sensação de adrenalina que nos faz sorrir de forma involuntária, que nos causa formigamento nas mãos, que deixa as pernas dormentes e entregues. Que nos faz viciar como se fosse algum tipo de droga ilícita.
Como toda droga, ele nos causa um bem psíquico gigantesco mas, ainda como toda droga, o efeito, uma hora, passa.
Ah, passa.
Dessa forma, nos vemos obrigados a buscar por concreticidade. Por certeza e solidez. E essa busca assemelha-se à reabilitação.
Você tem um vício dentro de si implorando pra sair. Um vício que vai te assolar sempre que mantiver qualquer tipo de contato com a causa dele. A proximidade será prejudicial; ter notícias será tóxico; ver ou ouvir falar vai te fazer torturar-se e chorar debaixo do chuveiro dia sim, dia não.

Então, me diz, o que fazer?
Fugir? Distanciar-se? Acabar com qualquer possibilidade de contato?

Não. Eu discordo.

A melhor maneira de lutar contra algo que te faz mal, é sentindo-o. É acostumando-se com essa agonia que ele te traz, que ele te faz passar. Ver e ouvir, firme. Aguentar a presença. Aguentar os impulsos. Aprender a lidar.

Vai doer? Vai.
Vai machucar? Vai.
Mas uma hora, vai passar.

Primeiro, acostuma-se.
Depois, não tratamos aquele incômodo como dor.
Por fim, ela deixa de incomodar.

É o ciclo da vida.
Tudo vem e vai. As pessoas vêm e vão. Você vem e vai.
Não somos capazes de ficar sempre presentes então não pensemos que os outros o são.

Uma hora, seu maço de cigarros vai acabar.
Uma hora, sua garrafa vai secar.
Uma hora, seu peito vai esvaziar assim como a fumaça que solta após uma tragada. Ela se vai deixando pra trás somente o suficiente para que você, lá na frente, lembre-se desse momento quando for subir uma escada. Ela se vai, mas vai deixar as marcas dentro do seu corpo.

E isso, por acaso, significa que não deveria ter fumado? Significa que nunca fez sentido?
Jamais.
Fez sentido. Muito. E vai continuar fazendo.
Foi bom, admita. Foi maravilhoso. Foi lindo.

Assim como a fumaça, humanos ficam dentro de nós pra sempre. Pode parecer que, ao expirar, eles tenham nos abandonado. No entanto, a verdade é que nunca estivemos tão enganados.
No futuro, lembraremos o quanto aquela sensação foi boa.

Mas foi.

Agora pare de sentir falta de quem não sente falta de você.



(#nowplaying Foster the People - Are you what you want to be?)

segunda-feira, 19 de março de 2018

O mal de ser bom

Eu li uma vez numa parede na rua: "A verdade é que não há verdade".
Era uma virtude ou uma coincidência? Confesso que me senti inquieto de estar meio que "à mercê" de tanta sede de dualidade.

O barato é caro.
O normal é raro.
Vejo, lentamente, se estou com pressa e o quanto adoro ser odiado.
Sempre faço o que eu quero e nunca posso ajudar.
Esqueço o quê o médico me proibiu de tomar e agradeço à Deus por ser ateu.

Eu não tenho virtudes ou privilégios em virtude da minha aparência. Creio eu que essa é a beleza de ser feio.

Procuro respostas.
Encontro perguntas
E desde que eu estava errado, eu estava certo, mals aí.
Se a minha mente ficar em branco, vejo tudo preto.
Sempre que escuto uma música alegre, estou deprimido. Não estou feliz.

Que má sorte ser supersticioso! Eu sou cauteloso, e juro que certamente tudo é duvidoso.

Quantas vezes eu disse não querendo dizer sim?
Quantas vezes eu senti o começo do fim?
Quantas vezes eu disse sim queria dizer não?

É assim! Quando lhe digo uma coisa, eu lhe digo o oposto.

Que tenso.
Até minhas fraquezas são mais fortes do que eu.

sábado, 3 de março de 2018

E etc.

Chegamos a um nível onde se importar é sinônimo de fraqueza, de controle. Onde aquele que se importa com outrem recebe riso e ridicularização porque sempre acham que não vale à pena.
E quantos disseram que não vale, certo? Quantas vezes ouviu "irmão, vai dar em nada isso aí" mas você seguiu?
Nunca o fez?
Deveria.
Hoje, teria chegado à mesma conclusão que eu.

O ser humano é infantil. É imaturo. É egoísta.
Mas os melhores seres humanos são aqueles capazes de aguentar as porradas. De continuar as aguentando até o agressor perder pelo cansaço.
Sem nunca, jamais, revidar.