domingo, 10 de julho de 2011

Com açúcar, com afeto.

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto pra você parar em casa, qual o quê! Com seu terno mais bonito, você sai. Não acredito quando diz que não se atrasa.
Você diz que é um operário, sai em busca do salário pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina pra você comemorar, sei lá o quê! Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto, discutindo futebol e ficar olhando as saias de quem vive pelas praias, coloridas pelo sol.
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo, você vai querer cantar.
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo pra você rememorar.
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado, como vou me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato e abro os meus braços pra você.



Uma homenagem a Chico Buarque, o rei.