terça-feira, 14 de junho de 2011

Tudo por água a baixo.

Tarde de Domingo.
Na sala com meus pais e minha irmã, aos risos após uma piada boba que meu pai soltou devido a influência de algumas doses a mais na mente. Engraçado.
Meu celular que esta em cima da mesa começa a tocar e, consequentemente, todos olham. Menos eu.
Já sabia do que e de quem se tratava.
Preferi não atender, afinal, as mensagens anteriores não me proporcionaram nenhuma espécie de conforto, muito pelo contrário. Machucaram, é claro, mas eu sei que eram (e talvez ainda sejam) palavras necessárias. Algo que estava sendo guardado a bastante tempo.
Ele toca de novo, me chamando. Dessa vez é restrito. Pô, é claro que eu sei quem é. As circunstâncias não me levam a ter outra conclusão.
Atendo.
As palavras da pessoa do outro lado da linha saíram fortes, determinadas, pesadas e duras. Cheias de espinhos. Juro. Não esperava nada diferente...
Mas, confesso, algumas coisas foram difíceis de escutar.
'Quero que você morra'. 'Que você seja muito infeliz'. 'Te desejo toda a infelicidade do mundo e que essa mágoa morra junto com você'.

Sabe, eu nunca desejei o mal a ninguém. Mas é como eu disse antes, eu entendo.
Se foi realmente necessário que aquilo tudo fosse dito, tudo bem. Se eu realmente transformei todo o seu sentimento em mágoas, ódio, raiva, desprezo, pena... eu entendo, é sério.

Mas eu gostaria que soubesse que, mesmo escutando essas coisas, eu ainda te desejo toda a felicidade do mundo.
Que seja feliz e que as pessoas que te cercam também sejam. Afinal, são maravilhosas pessoas.
Do fundo da minha alma e coração, que sejas muito feliz, que tenha tudo o que quer e que acima de tudo, o Criador lhe proporcione saúde e se, por acaso, aparecer alguém a quem você possa dedicar o seu amor, que ame esse alguém mais que a mim. E que ele te ame assim como eu te amei.
Não, não. Que ele te ame. Acho que a frase terminando assim basta.
Afinal, pra você, meu amor não existiu.



(ouvindo Ayabie - Glitter Toroupen)

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