quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Paternidade.

E foi bem assim, do nada. Da noite pro dia.
Se eu disser que nada mudou após os últimos três anos, seria mentira. Até porque, as minhas responsabilidades e metas foram todas alteradas. Redirecionadas. Editadas sem direito a revisão... Seja lá de quem fosse.
Me tornei pai há três anos. A sensação vem antes, mas o fato demora um pouco mais pra vir, sabe como é. Já sabia e só precisava de uma confirmação pra, sei lá, aceitar que era real. Aceitar que, a partir daquele momento, eu seria mais completo e absurdamente mais feliz.
Por muito tempo, eu quis ser pai, sabe? Tipo, ensinar as coisas; mostrar lugares; dar lições; contar histórias reais e outras não tão reais assim. Sentir as lágrimas nos olhos só de vê-lo respirando.
Nesse meio tempo, já escutei muitas definições de muitas mentes diferentes. Diversas visões sobre o mesmo assunto:
'Porra mano, e agora?';
'Parabéns!';
'Felicidades!';
'Vish, se fudeu!';
'Nossa, que bênção!';
'Que vacilo, hein?'.
Esse assunto sempre foi um tanto quanto, não sei, polêmico. Nêgo, acha que a vida acaba quando se tem um filho. Que é como uma prisão ou coisa parecida.
Tá longe de ser real isso aí.
Não estou querendo meter o pá nem o bom-samaritano. O 'diferentão'. O 'tal'... não preciso disso, entende? Aqueles que me conhecem sabem que eu amo ser pai dele.
Entendo que tudo tem seu momento... mas, quem sou eu pra dizer que aquele não era o meu? E de fato foi.
Senti que era. E foi isso que contou no fim.

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