sábado, 5 de agosto de 2017

Sobre desenhos, cores e a moça que não era oriental

Viver é mó foda, né mano? Pois é.
Agora calcule: imagine-se ser mulher, mãe de duas, passar por humilhação, submeter-se à situações das quais, hoje, não se orgulha simplesmente pelo bem das vidas das quais você ama e é responsável.

Imaginou?

Agora tu sabe que tua vida não é tão difícil, certo?

Quando a conheci, vi uma artista. No movimento das mãos, no jeito de falar, na maneira de segurar o cigarro que tanto relutou pra acender.
Me pediu. Eu dei.
Falamos sobre jogos, coisas banais. Falamos sobre a vida.
Ali eu percebi: moça, tu não é normal.

Mas a vida é uma filha de meretriz. A vida quer ver a gente no poço pra, quem sabe, nos ver no topo.
Pra mim e pra tantas outras pessoas que vi, sincero, ela sempre teve o topo.

Moça. Ei, é contigo: chora não. Faça das tuas lágrimas tua arte. Faça de tudo de mal teu bem, tua criação. Faça de teus dois tesouros, alegria.

Eu sei que tu sabe fazer isso.

Mostre tua inteligência.
Tua genialidade.

Saiba que pessoas vêm e vão, mas a tua vida é uma só. E preciso te falar que tu ta mandando muito bem nessa, hein?
Tenho orgulho de te ter como inspiração em alguns muitos campos da minha vida por mais que eu só saiba desenhar bonecos feitos de palito.

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